Esse combalido e desentendido escriba, em conversa com um líder político, um que foi candidato a deputado nas eleições passadas (derrotado), levantou a hipótese de que o Sr. Timóteo Brito não sairá candidato a prefeito nas próximas eleições municipais. Pois o tal líder, também analista nas horas vagas, veio com uma resposta cheia de dedos e eloquência. Segundo ele, Timóteo é candidato com Anderson Pinto de vice. Anderson estaria articulando essa dupla candidatura por interesse de herdar futuramente, por motivos outros, a prefeitura. Para o líder-analista, o acordo só está travado porque Uldurico e Beto Pinto ainda são contra.
Nós, na nossa ignorância política, quedamo-nos exangue e resolvemos dar tempo ao tempo, que é quem tudo elucida.
Inversão de valores?
Na questão do policial que abateu a tiros um cão, lá no condomínio Atlântico Ville, rara foi a pessoa que não se indignou com o fato. Uns se indignaram pelo sofrimento do cão, outros com a frieza do policial, mais uns pelos riscos que a advogada dona dos cães passou, pois poderia ter sido atingida pelos disparos. Todos foram unânimes em afirmar que a reação do tenente foi desproporcional ao fato acontecido antes, pois o policial alega que a advogada levou os animais para que defecassem em seu gramado. Houve a repercussão, até o governador falou sobre o caso, a PM emitiu nota oficial, condôminos do loteamento Atlântico Ville se dizem sentirem-se ameaçados de morar em um mesmo espaço do tenente, mas há um detalhe: as reações não estão sendo exageradas? Não está havendo uma inversão de valores entre dois casos?
Os dois casos e a inversão
Há 6 meses, foi executado em uma rua em pleno centro de Teixeira o jornalista Jeolino Lopes Xavier. A execução do jornalista, por mais que a imprensa cobrasse o esclarecimento do fato, não teve a repercussão da morte do cão e suas agravantes. Ora, qual é mais importante, um cão ou um ser humano? Claro que nos condoemos com o sofrimento do animal e sua dona, mas porque o assassinato do jornalista não mereceu tal repercussão?
O silêncio sobre a morte de Lopes continua espesso como um muro intransponível. Já o sargento foi afastado de suas funções e pode ser expulso da PM.
E sobre a morte do jornalista, nada?
Total inversão de valores.
E a Justiça?
Muito boa a intervenção do deputado federal Jorge Solla, pedindo a convocação do presidente do Instituto FHC, para esclarecer na CPI da Petrobrás o recebimento de doações da Camargo Correa. A indignação de Solla é que a CPI convocou Paulo Okamoto para explicar a doação de 3 milhões de reais ao Instituo Lula e não convocou Sérgio Fausto, diretor-superintendente do IFHC pelo mesmo motivo. Afirma Solla (e prova) que o IFHC recebeu 16 milhões entre 2011 e 2002. Desse total, recebeu também da Sabesp, uma empresa pública de São Paulo, que não deveria se meter nesse tipo de doação.
É grave.
A pergunta de Solla
“O presidente do Instituto Lula foi convocado porque a entidade recebeu doação da Camargo Corrêa. Se isso é critério para ser investigado na CPI, então que venha o Fausto: o IFHC recebeu da Camargo Corrêa em 2011, recebeu em 2002, recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo. Por qual motivo só convocar o presidente do Instituto Lula?”, indaga Solla. O deputado protocolou dois requerimento, os 878/2015 e 880/2015, e neles evidencia a parcialidade do presidente da Comissão, Hugo Mota (PMDB-PB): “Agora ele tem uma situação igual, idêntica, nas mãos. Se ele prejudicar e não colocar para votar esses requerimentos, prova mais uma vez que usa de dois pesos e duas medidas, comprometendo toda a investigação com a mácula da perseguição política”, afirmou Solla.
A CPI está em palpos de aranha se não atuar nesse caso com imparcialidade.
Fechando o Túnel
“Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando dizem a verdade.” (Aristóteles)