Sair de casa é a oportunidade de sermos estrangeiros não só aos olhos dos nativos de outros estados ou país, mas estrangeiros num sentido mais amplo. Pense: o ambiente doméstico nos mantém amarrados a um procedimento mecânico. Os móveis da nossa casa estão sempre no mesmo lugar. Os copos, na mesma prateleira da cozinha. De uma hora para outra, as rotinas se dissiparam. A última que fizemos foi ao sul de nosso país, tudo ganhou vida nova, como quando colorem uma foto antiga. As silhuetas das paisagens mudam.
Apesar da previsão de frente fria, após conexão em São Paulo chegamos a Curitiba, ficamos no centro histórico, ladeado de espaços verdes como a Praça Tiradentes, com vestígios da cidade original, e o restaurante italiano Doppo onde degustamos Lazanha de Vitelo e o Bacalhau com polenta, com um clima europeu, no dia seguinte pela Viação Catarinense após cinco horas chegamos a Florianópolis, cidade estilosa, amigos na cidade, que após longo abraço, comemos uma massa deliciosa na bela e encantadora morada com vista e decoração deslumbrante, que inspira sonhos bons.
Foi mágico adormecer em frente a ponte Hercilo Luz. Nos identificamos com Florianópolis atraídos pela qualidade de vida e diversidade cultural, experiências marcantes, mas o tempo corre. No dia seguinte, após alugarmos um carro, rodamos até Bento Gonçalves, iniciamos e terminamos o dia no caminho das pedras, com trechos de floresta. Restaurantes e lojinhas com produtos coloniais, passando por edificações centenárias, e vamos sem direção marcada por novos caminhos.