Veracel apresenta os resultados do monitoramento de desembarque pesqueiro

Veracel apresenta os resultados do monitoramento de desembarque pesqueiroGraças a uma parceria entre a Veracel, os pescadores e as Prefeituras Municipais de Santa Cruz Cabrália e Belmonte foi possível realizar o monitoramento de desembarque pesqueiro, durante o ano de 2014, nesses municípios. Nos dias 05 e 06 de maio, foram apresentados os resultados do primeiro ano de Monitoramento da pesca da região marinha desses municípios. As reuniões aconteceram na Câmara de Vereadores (Cabrália) e no Centro Social da Colônia de Pescadores Z-21 (Belmonte), respectivamente, e contou com a presença de representantes da Veracel, CTA (empresa contratada para executar o monitoramento), comunidade pesqueira, das prefeituras e de outros segmentos sociais.

Considerado um estudo inédito na região e ainda raro na costa brasileira, durante a apresentação foram exibidas informações como os principais tipos de embarcações utilizadas, variedade de peixes, artes de pesca, produção de pescado e a rentabilidade destas atividades monitoradas em um ano. A pesquisa foi feita nas sedes de Belmonte e Santa Cruz Cabrália e nos distritos de Coroa Vermelha, Santa André, Santo Antônio, Guaiú e Mogiquiçaba. Estes dados têm como objetivo compreender a dinâmica da pesca nestas localidades e contribuir para o desenvolvimento local. “Com esse panorama integral das atividades, os pescadores poderão utilizar os dados para a melhoria da pesca em suas colônias ou até buscar o fortalecimento da atividade junto às empresas privadas e órgãos públicos”, explica o gerente de Relação com a Comunidade da CTA, Anderson Lanusse.

Uma das informações que mais chamou atenção dos pescadores nestes novos resultados, foi a receita média gerada com a primeira venda do pescado pelo pescadores nestes municípios. Somente em Cabrália, foram cerca de R$ 5 milhões oriundos da venda do pescado em 2014. Tal resultado deixou pescadores e moradores locais bem animados e trouxe novas perspectivas para esta atividade tradicional. “Sabíamos da importância da pesca para o nosso município, mas a gente subestimava o que era produzido. Com estas informações agora temos certeza que o nosso setor é um grande gerador de emprego e renda na região, e que podemos fazer ainda mais”, aponta o superintendente da Pesca em Santa Cruz Cabrália, Cláudio Xêpa.

Quem também ficou confiante com os resultados apresentados foi a pescadora Luena Maria Ferreira dos Santos. Ela é presidente da Associação de Pescadores Indígenas Pataxó de Coroa Vermelha e viu nessas novas informações uma oportunidade de desenvolvimento. “Quanto mais a gente entende sobre o que a gente faz, melhor conseguimos fazer. Creio que estas novas informações vão ajudar bastante a nossa comunidade”, afirma.

O Monitoramento de Desembarque Pesqueiro faz parte do processo de licenciamento ambiental do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB) junto ao IBAMA e tinha como proposta inicial a duração de 24 meses. Por solicitação da comunidade, é possível que o monitoramento tenha continuidade. “Esse monitoramento é a confirmação do respeito e da parceria que a Veracel mantém com a comunidade pesqueira”, destacou o coordenador de Controle Ambiental da Veracel, Tarciso Matos. Ele afirma que para que essa continuidade aconteça é preciso que todas as partes continuem envolvidas e comprometidas. Isto porque quem gera a informação e contribui para apuração dos dados são os próprios pescadores.

TECNOLOGIA A FAVOR DO PESCADOR – Ainda segundo Lanusse, além da região ser um dos poucos lugares do Brasil que desenvolve este tipo de monitoramento, as ações promovidas aqui merecem destaque por inovarem na utilização da tecnologia ao seu favor. Durante o processo, cada um dos auxiliares de pesquisa passaram a utilizar um smartphone com aplicativos específicos para o atendimento, onde são coletadas as informações diariamente de cada localidade e enviadas ao banco de dados da CTA, no Espírito Santo. “É a primeira vez, no Brasil, que este tipo de monitoramento é feito dessa forma. Isso garantiu não só agilidade às atividades, como deu mais legitimidade a todo o processo. É a tecnologia a favor dos pescadores”, destaca o gerente. Outro ponto forte do monitoramento foi a contratação de pessoas da comunidade para o trabalho de campo. Selecionados em cada localidade, pescadores foram contratados e treinados para essa atividade, tornando o trabalho técnico mais próximos da realidade local.

Fonte: Ascom da Veracel

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