Quem fez a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 e acha que não foi bem, precisar recuperar a autoconfiança para encarar a segunda parte do exame, a prova de ciências exatas e biológicas, neste próximo domingo (12).
Gabarito extraoficial e resolução comentada
Os gabaritos oficiais serão liberados pelo Ministério da Educação no dia 16 de novembro, e a nota individual só em 19 de janeiro de 2018. Até lá, o aluno consegue saber quantas questões acertou, mas como elas têm pesos diferentes, é impossível prever a nota.
Por isso, contenha a ansiedade e fique de olho nas dicas:
Olhe para frente e não se prenda à prova passada
Seja qual for a sensação deixada pela primeira prova, agora é hora de zerá-la e pensar no próximo Enem como se fosse um novo exame independente. A dica de Roberta Bento, professora com especialização em neurociência cognitiva da SOS Educação, vale também para quem acha que foi muito bem na primeira prova.
“Há os dois extremos: o que acha que foi mal e coloca uma pressão grande de recuperar o que perdeu, e o que acha que foi muito bem. Este pode relaxar demais e achar que não precisa se preocupar agora”, diz Roberta Bento.
Vinicius de Carvalho Haidar, coordenador do Poliedro, em São Paulo, lembra que por mais que o aluno esteja ansioso ou seguro em relação ao desempenho da primeira etapa, deve-se ter em mente que não há mais nada a fazer. “O aluno precisa esquecer esta prova, ela já passou, não tenho como mudar.”
Lembre-se de que a correção não é ‘exata’
Sem o gabarito oficial em mãos, agora os candidatos só têm acesso às correções extraoficiais. Mas mesmo que ele soubesse o número de acertos, como o Enem segue o modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e as perguntas têm pesos diferentes, é difícil prever a nota.
“Agora o aluno deve ter a sensação de dever cumprido”, afirma Roberta.
Para Haidar, alguns candidatos que acham que foram mal na prova, podem até se surpreender com a nota, pois não é possível adivinhar se eles conseguiram acertar as questões mais fáceis e médias. Mesmo errando as perguntas difíceis, quem consegue manter a coerência pedagógica acertando as de nível de dificuldade menor, pode conquistar uma boa nota.
Revise as disciplinas da prova deste domingo
Vale a pena aproveitar esses dias para fazer uma revisão das disciplinas que serão cobradas neste exame: química, física, biologia e matemática.
“É a hora de pegar as provas dos anos anteriores, resolver exercícios e tirar dúvidas. Esta vai ser uma prova bem diferente da primeira”, afirma Haidar. O professor lembra que no planejamento de estudos da semana é imprescindível incluir horas de lazer e diversão para distrair a mente, além de descanso.
Movimente o corpo
Mesmo os sedentários, devem dedicar algumas horas desta semana para atividades físicas, segundo a professora Roberta Bento. Valem caminhadas leves ou passeios de bicicleta. Nesta hora, o esporte é um aliado do cérebro.
“O exercício coloca nosso cérebro em ordem, mais neurônios nascem, a oxigenação aumenta. A atividade física ajuda o cérebro a estar em sua melhor forma. Ajuda na capacidade de concentração na hora da prova e conexão com as respostas aumentam”, afirma Roberta Bento.
Tenha noites completas de sono
Nesta fase de vestibular, é comum o estudante vir de uma rotina estressante, com excesso de noites em claro ou mal dormidas. Entretanto, é hora de tentar retomar um sono de qualidade e ir para cama cedo, segundo a professora Roberta.
“Quando a gente dorme pouco, o cérebro não tem tempo de eliminar as toxinas. Isso vai demandar mais energia e fazer com que o cérebro tenha mais trabalho para buscar as respostas na hora da prova.”
Faça um ‘detox tecnológico’
Faça períodos de “desintoxicação” dos equipamentos eletrônicos, como celular, tablet e TV, para que na hora do prova, o cérebro não “procure” esses estímulos.
“Comece desligando o celular na hora das refeições, depois no dia seguinte mantenha ele desligado por duas horas, e vá aumentando o tempo diário até sábado. Na hora da prova você vai conseguir ficar sem o telefone porque é proibido, mas o cérebro vai procurar este estímulo. É um vício”, afirma Roberta.