*Pedro Ivo Rodrigues
O Papiloma Vírus Humano, conhecido como HPV, é um microorganismo transmitido através das relações sexuais e é responsável pelo desenvolvimento de tumores malignos em mulheres, sendo a maior causa de câncer de colo do útero em todo o mundo. As pessoas infectadas pelo vírus podem apresentar verrugas na área genital ou serem portadoras assintomáticas, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entretanto já existe uma vacina que pode ser aplicada em pessoas de ambos os sexos, a partir dos 10 anos de idade, e que pode ser encontrada em Porto Seguro, no Centro Médico Vera Cruz, localizado na avenida Pero Vaz de Caminha, no Centro.
O médico pediatra José Carlos Lemos Matta informa que a vacina é utilizada com sucesso na Europa, Austrália, EUA, Canadá e Chile. “Nesses países, os índices de câncer de colo de útero caíram drasticamente, incluindo a vacinação contra o HPV no calendário oficial dos ministérios da Saúde. No Brasil, essa forma de prevenção está autorizada pela Anvisa e pode ser aplicada às meninas a partir dos 10 anos às mulheres de 26 anos. O ideal é imunizar as crianças do sexo feminino antes de terem vida sexual ativa, mas também podem ser vacinados os meninos, uma vez que o homem transmite o HPV à mulher, ressaltando que a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda a imunização dos meninos também a partir dos 10 anos”, explica o pediatra, que salienta: “O HPV é uma doença Sexualmente Transmissível (DST) que pode infectar o corpo da mulher sem produzir sintomas facilmente detectáveis, gerando complicações que podem evoluir para o câncer.Normalmente, é descoberto por exame ginecológico preventivo. Milhares de mulheres morrem todos os anos no mundo devido ao câncer de colo de útero”, destacou.
O médico ressalta que existem dois laboratórios que fabricam vacinas diferentes contra o HPV, com resultados satisfatórios. “A pessoa precisa tomar três doses, sendo a primeira, com reforço em um mês e outra após cinco meses”, frisou José Carlos, enfatizando que a vacina só está disponível através da rede particular. “Possivelmente, deve ser incluída no calendário de vacinação do Ministério da Saúde brasileiro num futuro próximo”, acrescentou.
“As reações colaterais são mínimas. Geralmente, não ocorrem, a não ser reações locais, comuns a outros tipos de vacinas”, afirmou Lemos Matta, que mencionou o caráter avançado desse tipo de profilaxia para a moléstia em questão. “Os pacientes e suas famílias, que disponham de condições para a imunização, devem ter em conta que esta é uma abordagem que irá revolucionar a prevenção ao câncer de colo de útero no mundo”, concluiu.
Pessoas interessadas podem se dirigir ao Centro Médico Vera Cruz. Maiores informações pelo telefone (73) 3288-3035.