Especialista diz que é importante usar o produto antes de sair para passear.
Animais albinos ou de pelo branco correm mais riscos de ter doenças.
Aos dois anos de idade, Lila começou a apresentar pequenas feridas sempre que ia para a rua e ficava exposta ao sol. Após recomendação de especialista, ela passou a usar protetor solar e resolveu de vez o problema. Hoje, aos cinco anos, leva uma vida normal. Lila, cujo “sobrenome” é Pipoca, é uma cachorrinha da raça Maltez que vem se beneficiando do uso cada vez mais popular do protetor solar para cães e gatos.
Segundo a empresária baiana Fernanda Silveira, dona de Lila, ela usa o produto regularmente na cachorrinha. “Passo o leave-on, que é um produto de beleza para os pelos e que tem protetor solar na composição, uma vez por semana, e sempre que a levo para passear, coloco o protetor mesmo”, conta.
De acordo com a veterinária Flávia Uzeda, os protetores disponíveis no mercado local são específicos para cachorros e gatos, sendo um especificamente para cães. “Animais de qualquer idade podem usar o protetor solar”, destaca a especialista. “Não tem especificidade também com relação a raças e cor”, completa. Ela informa que existem duas marcas para cães e gatos no mercado soteropolitano, que custam em média R$ 50.
Segundo Uzeda, os animais albinos ou com pelagem branca são mais propensos a adquirir doenças por conta da exposição ao sol. “A principal doença é o câncer de pele, que atinge principalmente os gatos brancos. Às vezes, começa com uma ferida, o dono acha que não é nada demais, não cuida e pode vir a ser câncer de pele”, alerta a veterinária.
Ela afirma que o protetor solar deve ser aplicado sempre que o animal for exposto ao sol. “Os pontos importantes são na face, acima dos olhos nos cães brancos e albinos – mas é preciso ter muito cuidado para não cair nos olhos -, nas pontas das orelhas, na linha que divide a pelagem e nos locais sem pelo”, diz. “Os cuidados são os mesmos dos usados pelas pessoas: entrou na água, tem que repassar; e após colocar o protetor, espera uns 30 minutos antes de sair”, conclui.
Fernanda, a dona da cachorrinha Lila, conta que o uso do protetor solar surtiu efeito. “O produto protege direitinho. Antes eu não passava, porque não tinha me atentado para esta necessidade, mas após a recomendação do veterinário, comecei a passar”, lembra.
A veterinária Flávia Uzeda chama atenção também para outra questão: os horários em que os bichinhos são levados para passear. “Existem horários mais adequados para o animal sair, não só apenas pela questão do sol, mas porque eles não transpiram como os humanos. Eles transpiram pela língua e patas. Eles sentem o aumento da temperatura com muito mais intensidade, e não é incomum o registro de óbito de cães e gatos por insolação”, relata.
A especialista conta que os animais gostam de ficar no sol, portanto é importante o dono se prevenir contra a dermatite solar. “É a queimadura pela exposição ao sol e pode virar um câncer se não tratado. É preciso ter maior cuidado com os animais que, dentro de casa, têm acesso a locais onde bate sol, porque eles têm a tendência de ficar no sol, até porque precisam, mas não conseguem mensurar o risco da exposição prolongada”, adverte a veterinária.
Segundo ela, os melhores horários para passear com o bichinho de estimação são até as 8h30 ou 9h e a partir das 15h.
Fonte: Gabriel Gonçalves/G1