“Jesus os chamou e disse: Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10.42-45)
Ser cristão, não apenas ser adepto ou praticante de alguma religião de expressão cristã, mas ser cristãos realmente, vivendo o compromisso de seguir a Jesus, vivendo segundo o Seu Evangelho, é abraçar a proposta de aprender uma outra forma de ver e viver a vida. Por isso Paulo fala que, estando em Cristo, somos recriados! (2 Co 5.17). Mas não de uma forma miraculosa, por meio de um força que se apodera de nós e, de repente, como num passe de mágica, somos outros! Somos novos! Mas de uma outra forma. Somos recriados diariamente, enquanto enfrentamos tentações, ofensas, dores, perdas… vamos sendo recriados pelo modo como lidamos com a vida. Escrevendo ao irmãos de Roma o apóstolo tratou disso muito claramente: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.1-2). Mas, que tido de nova pessoa nos tornamos nesse caminho de seguir a Cristo?
Acostumamo-nos a nos concentrar em resolver nossas fragilidades morais. Quer dizer, nem tanto as nossas. Muitas vezes as sufocamos ou escondemos. Gostamos mesmo é de cuidar das fraquezas morais dos outros. Não compreendemos ainda que nosso sucesso neste campo depende de nossa dedicação a outro campo: ao amor e ao serviço. Não seremos perfeitos jamais, mas podemos melhorar muito se nos dedicarmos a amar as pessoas e a servi-las. Porque o amor e o serviço nos fazem ver as coisas de uma forma nova! Passamos a respeitar as pessoas pois passamos a valoriza-las. Não desejaremos manipula-las, usa-las, desfrutar de seus bens ou de seu corpo ofendendo sua dignidade, pois estaremos tocados pelo amor de Deus por elas e pelo dever de ama-las. E se amamos, não fazemos o mal. Por isso Jesus tão enfaticamente ensinou sobre servir, sobre sermos humildes e não desejar a grandeza. É assim o Seu Evangelho. Uma coisa é o modo como o mundo funciona, em que o alvo é a grandeza, o poder, o sucesso. Outra coisa é o Reino de Deus que veio a nós. Nele o alvo é outro tipo de grandeza, é o poder do amor, é o sucesso de viver com propósito, cheio de significado. Amando e servindo as pessoas.
No Reino de Deus é mais importante quem se faz menos importante. Pois aí há mais espaço para o amor e o serviço. Só é importante quem é servo. Quem está sempre de avental, com a toalha em volta da cintura e a bacia na mão. Os outros apenas impressionam pessoas. Podem parecer grande coisa aos nossos olhos, mas nada são no Reino de Deus. No Reino de Deus o jogo não é lutar pelo primeiro lugar na fila, mas ceder o lugar. Não por se sentir indigno ou sem valor, mas por não precisar desse tipo de coisa para se sentir digno ou com valor. Ser servo é o único caminho possível para se seguir o Mestre. São aos servos que Ele reconhece como gente que anda em Sua companhia. Aos demais ele dirá: “Não conheço vocês!” (Mt 25.31-45) Se queremos servir a Jesus, devemos servir ao próximo, sem interesses, por amor. Fazer algo para Ele, é faze-lo para os outros. Quem vive para si mesmo, quem busca apenas seus próprios interesses, está desviado de Cristo. Olhe para sua vida. Avalie sua agenda. Você está seguindo a Jesus?