“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2.9)
Anunciar as grandezas de Deus! Em poucas palavras, podemos dizer que é essa a nossa missão. Missão que nos torna sinais do Reino de Deus. Mas, de que formas podemos e devemos cumprir essa missão? De muitas formas e das mais variadas maneiras. Não há duvida de que uma delas é sermos cristãos comprometidos em partilhar nossa fé com outras pessoas. É nosso dever falar corajosamente sobre o amor de Deus e a graça que Ele nos oferece por meio de Cristo. Fomos comissionados por Jesus a ensinar a outros o que temos aprendido em nossa relação de fé com Ele. Quando terminou seu ministério, Jesus deu ordem aos seus discípulos dizendo: “vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” (Mt 28.19-20) Somos herdeiros do Evangelho e também dos compromissos de quem é discípulo.
Devemos anunciar a mensagem falando, mas devemos confirmar com a vida o que dizemos. Quem somos sempre será parte integrante e indispensável da mensagem que proclamamos, se queremos cumprir nossa missão. Jamais seremos perfeitos, seremos sempre pecadores falando a pecadores, mas podemos melhorar. Muitos dizem: “o crente tem que ser diferente”. O que seria isso? Muitas vezes, apesar de muito bem intencionados, nos revelamos ingênuos e imaturos quanto a isso. Pretendemos “ser diferentes” com base em pressupostos marcadamente religiosos, superficiais, como o tipo de roupas que se veste, o tipo de música que se ouve e coisas do gênero. A verdadeira diferença está em revelarmos o amor e graça, bondade e misericórdia que temos recebido de Deus. Está na capacidade de servir e se colocar ao lado. Está em sermos cheios do fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22-23). A beleza e a leveza devem revelar que vivemos em comunhão com Deus.
Anunciar as grandezas de Deus envolve o que fazemos e quem somos, a voz e a vida. Não poderemos faze-lo adequadamente sem que nos dediquemos a oração. Na prática da oração somos fortalecidos para viver conforme o Evangelho propõe. Na prática da oração desenvolvemos maior sensibilidade a Deus e isso nos faz mais acessíveis ao Espírito Santo, que é o nosso Parákletos – aquele que nos consola, anima, orienta, ensina, guia e fortalece. Orar não deve ser algo eventual em nossa vida. Porque se for, falharemos em nossa missão. A missão exige que experimentemos transformação. Missão que envolve nossa voz e nossa vida. Que hoje sua voz e suas atitudes anunciem as grandezas daquele que chamou você das trevas para sua maravilhosa luz!