Uma Homenagem ainda que Póstuma

“Não vamos desistir do Brasil”, Eduardo Campos (1965-2014)

Estranhos são os amanhãs da existência – quem sabe insondáveis até – ao se confrontar a realidade que envolve a criatura humana e o dia seguinte, dificultando-lhe a percepção dos caminhos e o alcançar objetivos com razoável exatidão. Quantas vezes não se afirma: ao homem não é dado conhecer o seu destino, nem por isso essa aparente subjugação o limita ou impede à busca de propósitos de vida os mais elevados, superando obstáculos e, ao final, fazendo sua caminhada e história.

Quanto o Brasil conhecia de Eduardo Campos, da sua vivência política em Pernambuco e em Brasília por conta dos cargos exercidos, das suas relações familiares, do trato com amigos e com o povo? Por isso e mais um pouco, por muitos era observado como O Novo na luta pela Presidência da República.

Televisão, rádio e jornais, no Brasil e exterior, noticiaram o infortúnio. A seguir, o detalhamento do acidente, a perda irreparável e o desocultamento pela mídia da natureza do candidato, suas idéias, seus projetos, suas intenções e tudo isso associado a um currículo invejável de homem público, jovem, batalhador, guerreiro e temente a Deus, que ansiava por um Brasil cada vez mais próspero, mais qualidade de vida e menos desigualdade social.

De raízes igualmente nordestinas, o autor destas linhas conhecia um pouco de sua trajetória e, um pouco mais, da saga do seu avô, Miguel Arraes, desde os idos de 1963 quando residente e estudante em Pernambuco; malgrado o desinteresse à época pela política partidária, em particular por conta de sua maior dedicação aos estudos universitários e, assim, via com enorme alegria, nos dias atuais, algo de novo no cenário político brasileiro.

Insondável, o destino nos fez parte de uma peça, em abril deste ano de 2014, quando ao lado de familiares, em São Paulo, estávamos almoçando e o Presidenciável Eduardo Campos adentra ao restaurante com a esposa “dona” Renata (assim chamada por ele carinhosamente) filhos e assessores, cumprimentando as pessoas enquanto se dirigia a uma mesa próxima.

A simplicidade e a alegria que iluminavam o seu semblante nos fizeram ir ao seu encontro, pelo prazer de cumprimentar um homem de bem, um pai de família amado e uma liderança que se firmava no cenário político brasileiro. Ao seu lado, filho ao colo (o Miguel), sua esposa, sorridente, a tudo assistia como a emoldurar um quadro em que a estrela maior no ambiente era, inegavelmente, Eduardo Campos.

Após inicialmente cumprimentá-lo, informamos que éramos da Bahia e ele foi logo indagando sobre seus correligionários baianos de forma interessada e elogiosa. Após breve diálogo, dele nos despedimos porque outras pessoas se aproximavam também para contatos e fotografias. É assim, neste espaço, com as lembranças e modesto registro daquele momento, que prestamos esta Homenagem Póstuma a Eduardo Campos, cidadão brasileiro, exemplo a ser seguido e cultuado como protagonista e símbolo da história recente do Brasil.


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