UM PADRÃO DESAFIADOR

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” (Filipenses 4.8)

Paulo encerra sua carta com essas palavras dirigidas aos irmãos de Filipos. São orientações e parecem ser também palavras de uma oração. Ele estabelece um padrão alto para a vida deles e esse padrão dirige-se a todos nós, que cremos no Evangelho. O que ele pede e pelo que ora é algo maravilhoso, tanto quanto desafiador. De que maneira pessoas como nós, fracas e contraditórias, que fracassam em manter uma dieta, em controlar o próprio orçamento, poderemos viver mantendo-nos cheios apenas de tudo o que for verdadeiro, de tudo o que for nobre, de tudo o que for correto, de tudo o que for puro, de tudo o que for amável, de tudo o que for de boa fama? Como poderemos orientar nossa mente para que, em lugar de maus pensamentos, pensemos apenas no que for excelente e digno de louvor? Independente do quanto possa ser difícil, uma coisa é verdadeira: precisamos decidir que é isso que queremos. E precisamos de atitudes que nos apoiem nessa decisão.

Nosso maior desafio será lidar conosco mesmos. Sempre. Afinal, já refletimos sobre o quanto nossa natureza humana é fraca e suscetível a transgredir. O nosso coração, segundo lemos na profecia de Jeremias, é enganoso e incurável (Jr 17.9). É dele que, segundo Jesus, procedem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias (Mt 15.19). Esse fluxo indesejável deve ser objeto de nosso cuidado! Um novo fluxo, cheio de vida e saudável, precisa substitui-lo, superá-lo. Nosso coração precisa de mudanças, nossa alma precisa de cuidados. Deus nos ama. Não corremos riscos diante dele por sermos fracos e limitados. Mas podemos trabalhar para ser melhores e honrá-lo. E Ele caminhará conosco nisso. Não poderemos sem Ele.

Por isso, ande sempre com Deus. A ideia de andar com Deus envolve vida de oração, reflexão, leitura bíblica. Pode também envolver jejum, solitude, canções. Conecte-se com pessoas que queiram o mesmo. A vida de comunhão é fundamental para a vida de crescimento espiritual. Um pequeno grupo de comunhão e apoio é indispensável. Sirva a quem precisar, seguindo o exemplo Jesus. Queira ser bom e queira o bem do próximo, compadeça-se do necessitado; em lugar de odiar, escolha amar. Coopere para que haja mais união à sua volta; para que conflitos sejam superados; anime os abatidos, console os feridos, levante os caídos. A melhor estratégia para não fazer o mal, é ocupar-se com o bem (Rm 12.21). Se não conseguir lembrar-se cada uma dessas coisas, faça o seguinte: ame a Deus sobre tudo e ao seu próximo como a si mesmo. Naturalmente todas essas cosias farão parte e muitas outras. A saúde física exige cuidado e atenção intencional. E a saúde espiritual também. Cuide de si mesmo. O padrão apontado por Paulo é alto, mas é equivalente ao valor da nossa vida. Cuide-se!

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