Um outro evangelho

“Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo.” (Gálatas 1.6-7)

Nossos irmãos do primeiro século estavam sendo ensinados por alguns mestres judeus, os “judaizantes”, que a fé em Cristo não era bastante para torna-los povo de Deus; que deveriam seguir as normas judaicas de vida, as leis de Moisés, se de fato quisessem ser povo de Deus. Eles eram gentios, ou seja, não judeus, e os judeus estavam singularizando o povo de Deus a si mesmos: ser povo de Deus é ser judeu. Há líderes religiosos algo semelhante hoje. Seus liderados são dominados sob sua autoridade espiritual e, muitas vezes, abusados.

Mas Paulo, um judeu, fariseu, zeloso da lei, discorda. E o faz com a autoridade de sua própria história e pela vocação apostólica recebida de Cristo. Ele chama de “outro evangelho” o que os judaizantes estavam pregando. Dois mil anos depois ainda vivemos sob o perigo de abraçar um “outro evangelho”. Um evangelho criado pela religião, com enganos que produzem decepcionados com Deus. Há alguns tipos: o que promete prosperidade, o que se apega a ritos, o que ensina a santidade fingida, o que promove o orgulho e o desprezo dos outros… e muitos mais. São todos evangelhos que não se parecem com Jesus e produzem evangelizados que nada tem a ver com Ele.

Seguir outro evangelho nos incapacita para relacionamentos verdadeiros: com Deus e com o próximo. E Jesus é intensamente relacional. Ele viveu e ensinou o amor a Deus e ao próximo. Seguir outro evangelho nos incapacita para viver e desfrutar a existência, nos leva a lidar mal com nossa humanidade, pois nos propõe mais a negação da vida que seu enfrentamento, dividindo-a em sagrado e secular, e confinando Deus ao templo. O evangelho de Cristo nos faz o templo de Deus e faz da vida nosso lugar de culto. Ele é tão espetacular que demoramos um pouco a assimilar sua leveza e paz. Segui-lo nos faz parecidos com Cristo e isso nos torna a melhor versão de nós mesmos.

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