Um ano após Copa no Brasil, seleção alemã ainda deixa marcas positivas na Bahia

Vila de Santo André, no extremo sul da Bahia, foi a ‘casa’ dos campeões durante mundial

A tarde do dia 13 de julho de 2014 foi especial para a seleção da Alemanha. O time derrotou a Argentina, por 1 a 0 na prorrogação, e conquistou o quarto título de Copa do Mundo (1954, 1974, 1990 e 2014). Mais do que o título, a seleção da Alemanha conquistou o carinho dos moradores da vila de Santo André, distrito de Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia. A vila, banhada por águas calmas e repleta de coquerais, foi a casa dos alemães durante o mundial, e um ano após a Copa, ainda colhe frutos positivos.

O povoado tranquilo, com mata nativa e belas praias, ficou conhecido mundialmente após abrigar o CT (Centro de Treinamento) da atual tetracampeã mundial de futebol. Segundo o secretário de Turismo de Santa Cruz Cabrália, Fernando Oliveira, a permanência da seleção trouxe muitas melhorias para o local, que ainda deverá se beneficiar durante muitos anos.

É um processo que, com certeza, nos próximos dez anos nós ainda vamos estar tirando [sic] proveito dessa passagem da Alemanha, disso eu não tenho dúvida.

A secretária de Comunicação de Santa Cuz Cabrália, Léa Penteado, informou a reportagem do R7 BA que a passagem da seleção alemã na vila deixou vários legados. Segundo a secretária, o time está doando R$ 5 mil por mês ao Instituto Amigos de Santo André e ao Centro de Convivência e Cultura, para o desenvolvimento do projeto Sonhos de Criança. A doação está garantida por quatro anos. Outra melhoria observada na vila foi o aumento do número de turistas após a mídia espontânea gerada pela estadia dos jogadores.

Passagem pela Bahia

A seleção da Alemanha ficou hospedada por 35 dias em Santo André. A relação dos moradores com os jogadores foi tão intensa que a comissão da tetracampeã chegou a afirmar que o local tinha virado a casa deles. O porta-voz do time, Oliver Bierhoff, disse que no começo todos acharam que a estadia dos jogadores em Santo André era uma ideia louca.

— Foi uma decisão acertada. Quando atravessávamos a balsa na volta do jogo, já dava uma sensação de estarmos em casa. Aqui virou nosso lar no Brasil.

Durante a estadia na Bahia, a comissão da Alemanha fez algumas promessas que, segundo Fernando Oliveira, foram cumpridas. Ele afirmou que a doação de 10 mil euros assegurou a compra de um carro, entregue a comunidade indígena Pataxó no dia 27 de novembro de 2014 e o um campo de futebol prometido foi construído. Além de ajudar a comunidade indígena, os atletas visitaram a Escola Municipal Santo André e na oportunidade doaram uma camisa autografada pelo time e sete bicicletas, que foram leiloadas e tiveram o dinheiro revertido em melhorias para a escola.

O diretor administrativo da Federação Alemã, Georg Behlau, afirmou que as doações foram uma forma de ajudarem e deixarem uma marca da passagem deles na Bahia.

Na noite de 11 de agosto de 2014, os jogadores deixaram o Estado rumo ao Rio de Janeiro para a grande final do mundial do Brasil, onde se consagraram campeões do mundo. A passagem dos alemães por Santo André mudou o povoado e deixou saudade.

 

R7, com colaboração da estagiária Kátia Prado

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