Um amor que nos faz filhos

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus.” (1 João 3.1a)

João, o discípulo amado, agora já um cristão experiente, depois de ter escrito o Evangelho em que falou sobre a identidade de Jesus como o Filho de Deus, Luz do mundo e Messias prometido, escreve sua primeira carta aos cristãos para fortalecê-los na fé. E ele a começou de maneira muito similar ao Evangelho. Falou do Filho que é Deus desde o princípio e que, por amor, veio a nós. Por amor, o Filho de Deus veio para nos fazer filhos de Deus. E nos faz entender que isso não se trata de um direito, mas de uma dádiva. Não por mérito, mas por graça. Goethe, escritor e estadista alemão, afirmou que, se tratamos uma pessoa pelo que ela é, ela permanecerá quem é. Mas se a tratarmos como se fosse quem deveria ser, ela virá a ser quem deveria. Parece ser esse o coração de Deus.

É assim que o amor age. Sendo pecadores nossas vontades nos desviam da vontade de Deus, mas Ele não veio sobre nós com Seu poder para nos dominar e nos sujeitar a Si. Ele poderia, mas não o fez. Por amor tornou-se um de nós e nos revelou o quanto somos amados. Mesmo sabendo de Seu amor, não poderíamos corresponder. Não conseguiríamos nos corrigir. Continuamos pecadores! Então Ele nos convidou a crer e nos abrigar em Seu amor. Como o pai do filho pródigo, Ele nos leva para casa para nos redimir. Somos chamados filhos de Deus e somos tratados como filhos de Deus. E, por isso, por causa desse grande amor, podemos aprender a agir como filhos de Deus. E, como agem os filhos de Deus?

Sem dúvida que eles escolhem a retidão à impiedade, a justiça à injustiça. Sem dúvida que eles anseiam pela perfeição. Mas nada os identifica tanto com Deus quanto o amor. Os filhos de Deus amam como são amados por Deus. Por isso João segue pelo capítulo 3 falando do amor. Continua do capítulo 4 e então chega a afirmar: “Quem não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor!” (1 Jo 4.8) Por isso o fundamento da fé cristã não é a moral, mas o amor. O amor é a fonte de tudo! Por ele somos fortalecidos moralmente, porque o amor não faz mal ao próximo e nele se cumpre toda a lei (Rm 13.10 e Gl 5.14). Mas tudo começa com nossa fé e convicção no amor de Deus. Por isso, não olhe para si mesmo. Não julgue a si mesmo. Não tente merecer. Creia no amor de Deus. É onde tudo começa e de onde brota a verdadeira santidade. Jamais seremos bons o bastante para sermos filhos de Deus. Mas, como filhos de Deus, poderemos ser bons o bastante!

 

ucs

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui