UFSB esclarece motivos de proposta de reestruturação acadêmica e administrativa

UFSB esclarece motivos de proposta de reestruturação acadêmica e administrativa
Manifestação de discentes em Porto Seguro. Foto: Divulgação

Durante a última quarta-feira, dia 20, estudantes da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) realizaram uma paralisação em frente ao campus Sosígenes Costa, em Porto Seguro.

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Entre os motivos da manifestação, está uma proposta de reorganização de cursos do Primeiro Ciclo, apresentada pela Reitoria da UFSB durante uma reunião feita em Itabuna no dia 18.

Em um comunicado da Representação Discente do Colegiado do Bacharelado Interdisciplinar, os discentes explicam a paralisação, que durou 10 horas, elencando, dentre outras coisas, os problemas enfrentados pelos alunos dos Bacharelados em Saúde, sobretudo quanto à progressão ao segundo ciclo. “Tais obstáculos transformaram o ambiente acadêmico em um local hostilizado e competitivo, em que a saúde mental dos discentes está decaindo cada vez mais. Pensando nisso, os alunos do BIS tomaram como pauta de resolução as propostas de normalização e divisão de vagas por campus, em prol de uma distribuição mais justa das vagas de Segundo Ciclo e de uma isonomia entre os campus”, diz trecho do comunicado.

A Assessoria de Comunicação Social da UFSB emitiu uma nota esclarecendo como tem se dado essa proposição e suas razões.

Confira na íntegra:
[Grifo nosso]

A gestão superior da Universidade Federal do Sul da Bahia convidou a comunidade acadêmica para participar, nesta semana, de reuniões presenciais em todos os campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) para apresentar uma proposta de reestruturação acadêmica e administrativa. A proposta foi orientada pelos resultados de reuniões prévias realizadas junto à comunidade acadêmica pela Reitoria. A sistematização da apresentação decorre de debates realizados entre os membros da gestão superior, que, nas reuniões desta semana nos campi, os socializa com todos os segmentos que compõem a comunidade acadêmica, a fim de ampliar os debates e garantir a participação de todos/as. E também para que os diferentes segmentos tenham subsídios para dialogar com seus pares. Foi proposto um prazo de aproximadamente um mês para que as discussões realizadas pelos grupos de cada campus sejam encaminhadas à gestão superior, para avaliação. Posteriormente, serão realizadas novas rodadas de diálogo nos campi, previstas para o mês de maio, a fim de consolidar a proposta. Dentre as questões administrativas que sustentam a proposição estão aspectos da administração institucional de qualquer universidade pública federal, como a adequação à Matriz Andifes, por exemplo, referente à distribuição de recursos do MEC para as Instituições Federais de Ensino Superior. Ao completar dez anos, as IFES entram na Matriz e passam a ter um status diferenciado no que diz respeito ao repasse de recursos. As outras razões administrativas são referentes à alocação de docentes nos campi, perspectivas de realização de concursos para novos/as servidores/as, dentre outras relativas ao funcionamento da universidade. Quanto aos motivos acadêmicos que levaram a gestão a apresentar a proposta à comunidade, estão constatações aferidas após os quatro anos de funcionamento dos cursos, tais como: necessidade de ampliação de cursos de segundo ciclo, relação entre primeiro e segundo ciclos quanto à oferta de vagas, relação entre a formação abrangente do primeiro ciclo e a formação mais profissionalizante do segundo ciclo. Portanto, não se trata da proposta de mudanças radicais, mas de um rearranjo do que foi percebido como possíveis fragilidades para a instituição e para os serviços que ela oferece. Em linhas gerais, a proposta apresentada envolve a reorganização da Formação Geral, de alguns cursos de primeiro ciclo e a criação de dois novos Centros de Formação (um em Itabuna, outro em Teixeira de Freitas), o que a gestão acredita ser necessário para que novos cursos de segundo ciclo sejam criados e possam funcionar plenamente, a fim de oferecer mais oportunidades de formação profissional pública e de qualidade para a população do Sul e do Extremo Sul da Bahia.

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