Projeto é voltado para quem teve perda de olfato e paladar
UFSB em Teixeira seleciona pacientes com sequelas da covid-19 para atendimento em Clínica Escola. Foto: Arquivo/OSollo
A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), campus Paulo Freire, em Teixeira de Freitas, iniciou, nesta semana, um projeto onde irá selecionar pacientes para atendimento em sua Clínica Escola.
Segundo uma das coordenadoras do projeto, Aiana Lima, cirurgiã dentista, “essa iniciativa começou como parte da compreensão de que essas eram sequelas que o paciente que teve covid manifestava por um período razoável e que isso prejudica bastante a qualidade de vida, porque perder o olfato e perder a capacidade de perceber os alimentos têm um impacto muito importante”.
A professora Aiana explica ainda que “é um tratamento que, embora esteja associado à covid, uma doença relativamente nova, a gente já entende o processo, a fisiopatologia dessas condições, porque outros pacientes em outras condições já manifestam e a gente consegue manejar essas situações”’.
A iniciativa tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e entender alguns aspectos que estão relacionados à covid. Pessoas com sequelas pós-covid e que queiram se “candidatar para fazer parte deste acompanhamento, pode entrar na página da UFSB e lá vai ter um formulário online que você preenche esse formulário e a gente vai entrar em contato com você para agendar uma consulta online primeiramente, e, depois, a depender de como você manifestar, quais são essas características que você apresenta, a gente vai agendar uma consulta presencial. E aí você vai passar ser acompanhado aqui por nós, na clínica escola”, detalha a cirurgiã-dentista e professora da UFSB.
A professora Clara Mônica, que é otorrino, detalha que “a ausência de olfato e paladar é um padrão da covid, tanto que hoje é considerado critério diagnóstico para doença. Pessoa que perdeu o paladar ou o olfato durante a pandemia, até que se prove o contrário, é covid-19, deverá fazer isolamento e deverá fazer o exame para confirmar essa doença”.
Segundo a dra. Clara, muitas pessoas ficaram com essa sequela de perda de olfato e paladar, que, “realmente afeta a qualidade de vida, afeta até segurança da pessoa, que você pode comer algo estragado sem perceber, é o cheiro de um gás que você não percebe, então, é uma doença que a gente tem que tratar e tem que estar com o olhar maior para essa doença”.
A especialista em otorrinolaringologia ressalta que há um número considerável de pacientes com sequelas, por isso, “o objetivo desse projeto é instituir um tratamento, de ter um atendimento multidisciplinar para esses pacientes nesse processo”.
O acompanhamento será feito após a pessoa preencher o formulário no site da UFSB, passar por uma consulta online e, em seguida, com base na avaliação preliminar, ter sua consulta presencial na Clínica Escola agendada.
