UFSB e MST debatem produção de alimentos agroecológicos

Teixeira de Freitas- Foi realizada na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Paulo Freire, a mesa redonda “Produção Agroecológica em Assentamentos”. Coordenada pelo professor Dirceu Benincá. O encontro contou com a participação de membros da Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto, professores, estudantes e outras pessoas interessadas na temática. Teve o objetivo de debater com a comunidade acadêmica e regional o potencial da agroecologia e as ações que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza neste campo.

A questão central discutida foi a importância da produção e o consumo de alimentos livres de agrotóxicos. O uso dos pesticidas e fertilizantes sintéticos gera poluição ambiental, intoxicação de trabalhadores e de toda a população que consome esses produtos. Um estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária revelou que um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos. De acordo com agrônomo da Escola de Agroecologia, em média, por ano, cada brasileiro consome cerca de seis litros de agrotóxico.

Por outro lado, produzir alimentos saudáveis gera uma enorme cadeia de benefícios, tanto para quem produz quanto para quem consome. Essa atividade ajuda na preservação do meio ambiente, amplia a participação das mulheres e jovens, proporciona inclusão social, preserva o patrimônio genético e respeita os princípios da economia solidária.

O MST apresentou as dificuldades que encontram e as conquistas obtidas nos assentamentos do Extremo Sul da Bahia, bem como as atividades realizadas pela Escola Popular Egídio Brunetto. Em parceria com a ESALQ-USP e a Fiocruz do Rio de Janeiro, a Escola vem desenvolvendo importantes atividades na área agroecológica e agroflorestal, apoiando ações educativas e formando educadores e profissionais comprometidos com o projeto da Reforma Agrária Popular. A Escola é comprometida com as culturas populares e tradicionais da região e sustenta a oposição ao monocultivo do eucalipto e do pasto, grandes ameaças à agricultura familiar da região.

Durante o encontro foram apresentados alguns fertilizantes naturais desenvolvidos pelo MST, a partir de técnicas orgânicas e não agressivas ao meio ambiente. Por fim, abriu-se um espaço de diálogo com os participantes por meio de perguntas e reflexões. Ressaltou-se que o grande desafio é promover a sustentabilidade ambiental e social, para o que os alimentos agroecológicos são fundamentais.

Fernando Silva Campos

Graduando do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde na UFSB

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