UFSB apoia “Mutirão 100 castrações” promovido pela ONG Nossa Arca e empresário local

UFSB apoia "Mutirão 100 castrações" promovido pela ONG Nossa Arca e empresário local
UFSB cedeu seus laboratórios para a realização das cirurgias, feitas por uma equipe do Centro de Zoonoses de Itabuna. Fotos divulgação Nossa Arca

A castração de animais em situação de abandono ou semidomiciliados é a maneira que ONG teixeirense Nossa Arca encontrou para reduzir o número de animais abandonados na cidade de Teixeira de Freitas, que, embora maior que Eunápolis, ainda não possui um Centro de Zoonoses, enquanto a cidade vizinha, sim.

No sábado e no domingo, 9 e 10 de dezembro respectivamente, a ONG, em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), campus Paulo Freire, e o apoio financeiro do empresário Rafael Moreira, promoveu o mutirão de castração, onde 50 cadelas e 50 cães foram castrados. Uma equipe, composta por quatro (4) veterinários e um auxiliar, coordenada por Waldemar Oliveira – diretor do Centro de Controle de Zoonoses de Itabuna, foi responsável pelas cirurgias.

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Alguns dos voluntários da ONG Nossa Arca, a presidente Cristhiane Ferreguett e o empresário Rafa Moreira

Rafael Moreira, proprietário da Clínica de Medicina Hiperbárica e atua com coleta, tratamento e destinação final de resíduos de saúde e perigosos, em entrevista ao jornalismo d’OSollo, conta que reconhece a necessidade do município em ter o controle populacional dos animais, “visto que o município não possui Centro de Zoonoses”, e completa: “como se trata de saúde pública, abracei a causa em conjunto com a ONG Nossa Arca”. Rafa Moreira, como é conhecido, se sensibiliza com a causa da ONG por entender que “muitas pessoas têm seus animais, porém só têm condições de ter 1 mesmo, quando nasce filhotes gera abandono nas ruas, esses animais abandonados não se têm controle de doenças nem vacinação, acarretando num problema de saúde pública”.

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Alunos da UFSB foram monitores durante os dois dias

Por coadunar do pensamento da ONG e do empresário, a Universidade Federal do Sul da Bahia se prontificou e foi crucial para a realização do mutirão. Conforme a veterinária e professora da UFSB, doutora em ciência animal, Márcia Nunes Bandeira Roner, que, junto com a colega de trabalho professora Lívia Santos Lima Lemos, doutora em genética e biologia molecular, lideraram os dez alunos da UFSB que deram apoio no projeto, os laboratórios da universidade foram gentilmente cedidos para a realização das cirurgias. Doutora Márcia Roner explica que “dez alunos foram disponibilizados pela universidade, eles fizeram os cadastros das famílias dos cães que seriam cadastrados. Também foram monitores nos dias da castração”.

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Professoras Márcia Roner e Lívia Lemos, alunos da UFSB e a presidente da Nossa Arca, Cristhiane Ferreguett

Muitos mais que saúde pública, castrar envolve amor. E foi este sentimento que levou Cristhiane Ferreguett, presidente da Nossa Arca, a abordar o senhor José Gil, teixeirense que atua na coleta do lixo do município. Vendo-o acompanhado de sua fiel amiga, a Sereia, questionou o que ele fazia para mantê-la sem filhotes. Ciente dos perigos aos quais expunha sua cadelinha, ele “confessou” aplicar vacina anticoncepcional. Senhor Gil foi agraciado com a oferta de castração de Sereia, prontamente aceita e, assim, no dia 9, ela foi a primeira a ser castrada no mutirão. Feliz, ele carregou sua Sereia para casa. Depois de cinco dias, ela estará totalmente recuperada, pronta para acompanhá-lo e com uma perspectiva maior de vida.

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Senhor José Gil e a Sereia, a primeira a ser castrada no mutirão, sábado (9)

 

Emocionada ao contar a história de ‘Seu’ José Gil, Cris conta que somente o sorriso dele valeu a pena todo o esforço para a realização do mutirão. Ela acredita que o “Mutirão 100 castrações foi o maior evento de castrações realizado por uma ONG no Estado da Bahia em apenas dois dias. A Nossa Arca, apesar de não receber nenhum apoio do poder público, está fazendo a diferença em Teixeira de Freitas e região”. Na oportunidade, agradece às parcerias do Rafa e da UFSB, bem como ao time de voluntários da ONG.

“Quando castramos 100 animais estamos retirando das ruas centenas de outros animais que nasceriam e que poderiam sofrer com abandono e maus tratos, uma vez que não existe lar responsável para todos”, finaliza.

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