TSE nega pedido para proibir Bolsonaro de exibir vídeo com críticas de Cid ao PT

TSE nega pedido para proibir Bolsonaro de exibir vídeo com críticas de Cid ao PT
Cid Gomes em discurso que critica PT. Foto reprodução

O ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) Luis Felipe Salomão negou pedido do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), que queria proibir a campanha do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) de exibir, no horário eleitoral gratuito, um vídeo em que ele faz críticas ao PT. Embora apoie Fernando Haddad , candidato petista à Presidência, Cid fez ataques duros ao partido em evento ocorrido na última segunda . O vídeo foi levado ao ar no dia seguinte na propaganda de Bolsonaro.

Em sua decisão, o ministro Salomão apontou uma questão técnica para não aceitar o pedido de Cid Gomes. Ele afirmou que, para contestar uma propaganda de Bolsonaro, a ação teria que ser apresentada por alguém que concorre na mesma circunscrição, ou seja, que esteja na disputa por um cargo no qual os eleitores de todo o país votam. Assim, o próprio Haddad teria que fazer o pedido. Cid, por sua vez, foi candidato a senador, tendo sido votado apenas pelos eleitores do Ceará.

Ao TSE, Cid Gomes alegou que a legislação proíbe uma campanha de usar imagens de pessoas de partidos que apoiem outro candidato. Argumentou ainda que “a propaganda da maneira como foi veiculada passa a falsa imagem de que o Sr. Cid Gomes estaria declarando apoio ao candidato Bolsonaro, quando na verdade nem de longe isso seria verdade”. Por fim, disse que a campanha adversária se apropriou de sua imagem sem pedir autorização.

O PDT — partido de Cid e de seu irmão, o candidato a presidente Ciro Gomes, que terminou a disputa em terceiro lugar e ficou fora do segundo turno — anunciou apoio crítico a Haddad contra Bolsonaro. Mas, na segunda-feira, durante ato de apoio ao petista, Cid cobrou um pedido de desculpas do PT pelas “besteiras que fizeram”. Disse, ainda, que o partido “criou” Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência. Ao ser vaiado, disse que o partido vai “perder feio” a eleição se não assumir seus erros, e lembrou que o ex-presidente Lula está preso.

Fonte: O Globo

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