Muita emoção e adrenalina marcaram a Trilha Jubarte Off-Road de Sustentabilidade, realizada na manhã deste sábado (9), em Prado. Ao todo, 23 jipeiros de diversas regiões realizaram uma demonstração das principais técnicas e desafios de quem curte esse esporte, que consiste em fazer trilha fora da estrada.
O Extremo Sul da Bahia tem uma riqueza de trilhas impressionantes. A Bahia vem ampliando o seu potencial de Turismo de Aventura e, com a realização da Trilha Jubarte Off-Road de Sustentabilidade, iniciativa do Instituto RedeMar em parceria com o grupo Bahia Expedition, os jipeiros pretendem fortalecer essa modalidade de turismo na região. “A gente está mostrando que essa cidade tem condições de entrar nesse circuito. Não basta a gente fazer os passeios fora da cidade. A gente está aqui fazendo as demonstrações porque é importante que a população veja e se encante pelo nosso esporte. Eles têm aqui os veículos com tração para trabalho e podem usar, também, para a prática de esporte”, explica Alexandre Brandão “Detona”, jipeiro do grupo Bahia Expedition e responsável pela organização da trilha. Ele afirma que “nossa participação no Festival das Baleias não se resume ao turismo de aventura. Vamos realizar o plantio de mudas e estamos arrecadando alimentos para doar para a APAE, esse projeto social tão importante. O jipeiro verdadeiro é esse: que gosta de aventura, mas com responsabilidade ambiental e social”.
O grupo também percorreu as ruas de Prado para chamar a atenção da população sobre a importância da união pela preservação ambiental e seguiu a estrada rumo à Barra do Cahy, Cumuruxatiba, Corumbau até entrarem em uma trilha off road, passando por três fazendas da região. Marcone Rodrigues, montador industrial de Minas Gerais, é um apaixonado pelo off-road e veio para Prado com toda a família prestigiar o evento. “Estamos aqui conhecendo mais uma parte da família dos jipeiros. Essa interação de cidades, de pessoas, de famílias, é a principal motivação”, afirma.
Na “cabeça da gata”, conduzindo o comboio, Detona orientou os jipeiros indicando o caminho da trilha e alertando sobre os desafios. No caminho, a turma deu uma rápida parada para apreciar a vista do Mirante, as falésias e conhecer um pouco sobre a história de Prado e suas belezas naturais. Gleide Silva e Luana Matos, contadoras de profissão e jipeiras por paixão vieram de Salvador, a 680 quilômetros e mostraram que as mulheres também podem praticar esse esporte. Elas praticam o off-road há um ano e meio e impressionam pela habilidade na condução da “viatura”, como é chamado o veículo que participa de off-road. “Não precisa de força. Na verdade, quem precisa aguentar é o carro. Para ser jipeira, precisa gostar de lama, aventura e ter um carro com tração nas 4 rodas”, revela Luana. Ela ressalta que “aqui o espírito de família é essencial. Se não for assim as coisas não acontecem. Não deixamos ninguém pra trás. Entra junto, sai junto. Se alguém vai para a praia sozinho e atola, liga e a gente vai buscar”.