Teixeirenses reclamam de falta de segurança na “Rodoviária velha”

OSollo esteve no Terminal Rodoviário Urbano, em Teixeira de Freitas, na chuvosa manhã desta quarta-feira (1), véspera de feriado, para ouvir dos cidadãos seus anseios quanto ao local, construído há décadas. Há época de sua inauguração, ele representou a evolução do pequeno município que, então, galgava os primeiros passos rumo ao desenvolvimento. Atualmente, a “Rodoviária Velha”, como é conhecida, é o local de transbordo de passageiros – pessoas que pegam dois ônibus realizam a troca após passar o cartão de passagens na máquina instalada no terminal pela única empresa de transporte coletivo do município –, há um comércio pujante lá instalado, com bares, lojas de artigos de presentes, lanchonetes, tabacarias, vendedores ambulantes, dentre outros.

Teixeirenses reclamam de falta de segurança na "Rodoviária velha"
Terminal Rodoviário Urbano na manhã de quarta-feira (1º). Foto: Wesley Morau/OSollo.

Na gestão passada, após o teto quase desabar devido às estruturas estarem apodrecidas, o local recebeu singelas melhorias, como pinturas e troca do telhado. Mas, segundo populares, muito mais deveria ser feito pelo lugar, cujo significado econômico e histórico o tornam relevante ao município. Em dias de chuva, como hoje, os cidadãos reclamam que poças de água se formam e conferem um ar de abandono e criar uma sensação de sujeira. “Quando está chovendo, essas poças de água aí atrapalham bastante a limpeza e o acesso das pessoas para de pegar o ônibus”, reclamou João Elias, aposentado teixeirense de 58 anos.

Entretanto, de tudo que ouvimos, a maior queixa foi a falta de segurança. Muitas pessoas citaram a presença de “Lanceiros” – gíria para os delinquentes hábeis em furtar coisas do bolso ou da bolsa das vítimas sem que notem. O aposentado disse que o maior problema é “segurança, bastante furto, principalmente nos dias que os aposentados vêm aqui pegar seu dinheiro e tem muito furto, e aqui não tem nem viatura da polícia que fique sempre nem guarda municipal”.

O camelô Osvaldo Alves de Oliveira, 49 anos,  relatou: “aqui no terminal falta algumas coisas, né, sobretudo melhor organização, porque aqui é carente demais, fica horrível, principalmente dias como hoje, que está chovendo, a carência aqui é muito grande.  E segurança, poderia ter uma guarda municipal aqui para está organizando, a falta de horário de ônibus também é um problema. Falta muita coisa”. Para o trabalhador autônomo, o município deveria disponibilizar a guarda para organizar e manter a ordem no local. “A segurança aqui é precária, ficar uma viatura aqui é raridade,  Teixeira tem guarda municipal, mas, para fazer segurança em outros lugares, porque aqui você não vê um guarda municipal, você fica sem ter a quem recorrer”, completou.

Outro ponto citado por ele foi o que chamou de “imundície”, porque a limpeza, segundo Osvaldo, é precária, feita apenas pela manhã “quando limpam”, disse. Os comerciantes que atuam na “Rodoviária velha” foram procurados, mas, não quiseram falar.

Quando perguntado sobre a falta de segurança no local, o Major Nunes afirmou que “desde o mês de março, que nós temos trabalhado no centro da cidade, com uma viatura e uma guarnição especifica para aquela área central, foi o que denominamos de ronda central. E este serviço tem apresentado efeitos positivos, porque nós já tivemos uma redução enorme no índice de ocorrências no centro da cidade, e por outro lado, também, o índice de satisfação por parte dos comerciantes; isso é público e notório”.

Com relação a isso o secretário de Segurança e Cidadania, Cap. Leonardo Álvaro de Vieira, afirmou que “é importante ressaltar para a população que a Polícia Militar trabalha acima de tudo com estatística, e o que acontece é que nós não temos notificação de ocorrências ali naquela região. Às vezes acontece das pessoas serem furtadas, mas não fazem um registro na delegacia; com isso não gera registro, aí fica parecendo que naquela região não há problemas de segurança”.

 

 

 

 

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