UFSB, Uneb, IF Baiano, sindicatos e movimentos sociais participam dos atos
Durante esta quarta-feira, dia 15 de maio, escolas, instituições de ensino superior e representações de diversas entidades sociais e políticas têm realizado uma paralisação geral com protestos por todo o país. Em Teixeira, os atos se concentraram em frente ao IF Baiano (na BR-101) e pelo centro da cidade.
Veja como foi a manifestação em frente ao IF Baiano:
As manifestações seguem de maneira pacífica, com gritos de revolta contra o congelamento de recursos para a educação anunciado pelo MEC. Os organizadores ainda convocam a população para uma aula pública na praça da Bíblia com o microfone aberto a partir das 16 horas.
Segundo a prof. Crysna Bonjardim, coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupex) da Uneb, havendo a efetivação do corte de recursos, as instituições públicas podem enfrentar um sucateamento, favorecendo as faculdades particulares. “Nós não podemos aceitar isso, uma vez que pagamos impostos e existe na Constituição Brasileira o direito garantido à educação“, disse.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.
O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. [Do G1]
O presidente do Centro Acadêmico de Engenharia Agronômica do IF Baiano Teixeira de Freitas, Alexandro Rocha, explicou que os riscos oferecidos pela medida do governo foram levados à categoria discente, que compreendeu a demanda de ir às ruas visando a garantia dos serviços.
“Esse corte afeta também diretamente na oferta de vagas. Se houver o corte, o IF Baiano pode literalmente fechar as portas“, acrescentou.
Em Porto Seguro, professores, estudantes e profissionais da educação aderiram ao movimento nacional. Munidos com inúmeros cartazes em defesa da educação, os manifestantes realizaram um protesto no centro da cidade.
“Estamos manifestando a favor das universidades federais, da pesquisa científica e do investimento na educação básica. Queremos que a população fique informada sobre as últimas medidas tomadas pelo governo, que vão influenciar negativamente a educação pública”, informou um manifestante.
Segundo o G1, todos os estados e o Distrito Federal registraram, nesta quarta-feira (15), manifestações contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Houve atos em ao menos 166 cidades. Universidades e escolas também fizeram paralisações após convocação de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos.