Teixeira: Professores da rede pública saem as ruas e iniciam estado de greve

Petrina Nunes / O Sollo

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Professores da pública de ensino de todo o país aderiram nesta terça-feira, 15 de março, a paralisação nacional coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Ao todo serão três dias de reivindicações com diversas atividades e, em Teixeira de Freitas, nesse primeiro dia, os professores fizeram uma passeata pelas ruas do centro da cidade.

A concentração dos professores ocorreu na Praça dos Leões, por volta das 08 horas, em que os educadores das escolas municipais e estaduais se vestiram de preto e expuseram cartazes informando suas reinvindicações, de lá, eles seguiram até a Praça da Prefeitura.

De acordo com Francisca Brasília Marques, presidente da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Teixeira de Freitas, “o Governo do Estado tem deixado centenas de alunos fora da sala de aula, superlotando as salas, tem professores sem carga horária e tem salas vazias”, isso tudo em nossa região, que sofreu com o fechamento de escolas no início deste ano.

Brasília enfatiza que a escola é uma ferramenta importante contra a violência, a ignorância, mas com o fechamento de algumas salas de aulas os alunos ficam sem escola e vulneráveis a criminalidade.

Sobre a realidade dos professores do município, Brasília diz que o pagamento do piso salarial foi realizado apenas para cinco pessoas que têm o Magistério (Ensino Médio), porém os quase 1.300 professores graduados e pós-graduados estão sem receber.

Além disso, a representante ainda coloca que foi tirado o direito a eleger os diretores do colégio através do voto da comunidade educacional e os diretores eleitos foram retirados e nomearam outros, como cargos de confiança, durante essa atual gestão municipal, e os professores exigem que volte as eleições para esse cargo.

Outro ponto questionado pelos professores é a aprovação do Plano em Estatuto, que tem que ser aprovada até 4 de abril por se tratar de um ano eleitoral, “o plano Nacional de Educação quer comparar o salário dos professores com os de outros profissionais até 2020, como os dos médicos e engenheiros”, então o plano de estatuto tem que ser aprovado agora.

Os professores também querem abrir uma mesa de negociação com o prefeito, pois já estão em estado de greve e continuarão paralisados por tempo indeterminado caso não haja resolução dos problemas.

Durante a quarta-feira (16) os professores estarão realizando panfletagem na sessão na Câmara de Vereadores e na quinta-feira farão uma aula pública na Praça da Bíblia “denunciando as mazelas como a situação merenda escolar, salas de aula sem carteira, entre outros”, disse Brasília. Ela ainda enfatizou que “a população precisa tomar conhecimento do que acontece dentro do muro das escolas, onde seus filhos estão ficando”.

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