A paralisação nacional que envolve instituições federais de ensino superior e técnicas ganhou força nesta segunda-feira (15), com a adesão dos docentes. Em Teixeira de Freitas, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) se uniram ao movimento.
Os prédios do Campus Paulo Freire da UFSB em Teixeira de Freitas estavam desocupados no primeiro dia útil da semana. A equipe da Universidade optou pela paralisação, solicitando ajustes salariais anuais para os anos de 2024, 25 e 26. Eles também reivindicam a restauração do orçamento das instituições públicas de ensino e a anulação de certas medidas que impactam a categoria. No campus da UFSB em Teixeira de Freitas, há cerca de 200 profissionais.
A decisão pela paralisação veio após várias tentativas frustradas de diálogo com o governo federal. Diversas reuniões foram propostas ao longo de 2023, mas não foram agendadas. Quando o Congresso se reuniu, a resposta do governo foi de que não haveria reajuste em 2024.
A UFSB possui outros dois campi no sul da Bahia, com um total de mais de 5600 estudantes. Em Teixeira de Freitas, são cerca de 2000 estudantes matriculados em mais de 20 cursos, desde a graduação até o mestrado. Durante a tarde de ontem, os estudantes produziram cartazes e marcharam pela principal avenida da cidade até o campus da Universidade.
Docentes e funcionários administrativos da UFSB e do IF Baiano se uniram ao movimento. Os estudantes também decidiram pela paralisação. Eles enfrentam a falta de docentes para ministrar as aulas, e algumas disciplinas não estão sendo oferecidas por conta disso, por exemplo, no curso de Mídias Digitais, que depende de equipamentos para a edição de vídeos, podcasts, filmes, entre outros.
A paralisação da educação federal é um movimento nacional que envolve milhares de funcionários administrativos na educação e docentes em todo o país. Mais de 300 unidades de ensino aderiram ao movimento que começou de forma escalonada.
Os funcionários administrativos da UFSB já estavam em paralisação desde o dia 11 de março. No dia 3 de abril, o Instituto Federal Baiano em Teixeira de Freitas se juntou ao movimento, sendo o primeiro da Bahia a iniciar a paralisação.
Apenas no campus do IF Baiano em Teixeira de Freitas, trabalham cerca de 100 servidores. Quase todos aderiram à paralisação.
O ministro da Educação afirmou que está buscando alternativas para valorizar os servidores e que tem participado de negociações que tratam das condições de trabalho dos profissionais que atuam nas instituições de ensino.