A Polícia Civil, através do Núcleo de Homicídios, instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um idoso de 82 anos. O falecimento ocorreu após uma consulta e procedimentos realizados em uma clínica de terapia holística. O idoso foi internado inconsciente na UPA e faleceu no dia seguinte devido a uma parada cardiorrespiratória.
Familiares relataram que a vítima estava em boas condições de saúde antes do atendimento. Segundo eles, o terapeuta administrou medicamentos sem o conhecimento e autorização da família.
Segundo a polícia, o terapeuta, em depoimento, afirmou que durante os atendimentos verifica a pressão, glicemia e batimentos cardíacos dos pacientes. Caso os níveis não estejam normais, ele administra remédios para pressão e glicemia.
No dia do atendimento, no dia 07, o paciente apresentava glicemia e pressão altas, sendo ministrados três comprimidos de insulina natural e um comprimido de Pressat, um medicamento para pressão alta.
A companheira do idoso, que aguardava na sala ao lado, relatou que ele foi ao local para tratar verrugas e saiu desmaiado do consultório. Ela precisou de ajuda para colocá-lo em um Uber, que o levou diretamente para a UPA, onde ele faleceu no dia seguinte.
Durante a perícia na clínica, foram encontrados um balão de oxigênio e diversas cartelas de medicamentos, que foram recolhidos para análise. O corpo do idoso passou por necropsia, e materiais foram coletados para identificar as substâncias ingeridas ou aplicadas, bem como a causa da morte.