O jornal OSollo esteve no Terminal Rodoviário Urbano na manhã de quarta-feira, 04 de fevereiro, em Teixeira de Freitas, e ouviu alguns comerciantes locais a respeito dos impactos sofridos devido à pandemia.
A “Rodoviária Velha”, como é conhecida pela população teixeirense, fica localizada no coração da cidade e foi construída na década de 60, quando Teixeira de Freitas consistia, ainda, em um distrito.
Atualmente, é o local de transbordo de passageiros – pessoas que realizam a troca de ônibus para outros destinos -, concentração de um comércio forte lá instalado com bares, lojas de artigos de presentes, lanchonetes, tabacarias, vendedores ambulantes, dentre outros.
E, desde o início da pandemia, existe uma grande preocupação por parte dos comerciantes que estão naquela região quanto aos efeitos sofridos nesse período. Para Romoaldo, que tem uma banca de vendas de bananas, o momento mais difícil foi quando a cidade entrou em “parada geral”: “O dia que afetou foi o dia que fechou a cidade, mas, depois que abriu, está [vendendo] normalmente”.
Já para o Ivan de Araújo, que trabalha em uma tabacaria no Terminal, o comércio de Teixeira, como um todo, ainda sofre com esses impactos: “Deu um grande abalo no comércio da cidade, referente a movimento. Hoje, o movimento caiu cerca de 50% do que a gente vendia em relação a esse momento que estamos passando de pandemia. […] para nós, mesmo que é um ramo que é uma questão de vício, nós sentimos.”
O setor de transporte também sofreu grandes impactos com a pandemia da covid-19, que começou logo no início de 2020 e, mesmo com a promessa das vacinas, segue sem data para terminar.
Para ouvir um pouco sobre o impacto da pandemia no setor, envolvendo, ainda, a região da “Rodoviária Velha”, OSollo conversou com os taxistas que ficam no ponto da praça da Bíblia; todos foram enfáticos a relatarem os problemas financeiros enfrentados devido ao necessário distanciamento social, que faz com que a população passe mais tempo em suas casas.
Quem conversou com nossa reportagem foi o taxista Edmundo Navarro, que disse das dificuldades enfrentadas pela classe na atualidade: “Na nossa categoria, o efeito danoso já nos levou a beira da falência”.
Em Teixeira de Freitas, por diversas ocasiões, através de decretos municipais, o comércio foi fechado, numa tentativa de conter o avanço da covid-19 no município, que, até a quarta-feira (3), tinha 101 casos considerados ativos da doença. O Município já registrou, desde março, quando foi divulgado o primeiro boletim do novo coronavírus, 10.410 casos de covid-19 e 143 óbitos decorrentes da infecção viral.