Teixeira: Arte hiper-realista de Irley de Jesus Leal estará em exposição no Shopping Pátio Mix

O artista plástico Irley de Jesus Leal, que acumula no currículo exposições pela Europa, Estados Unidos, China, Coreia do Sul e outros, levará sua arte hiper-realista para exposição no Shopping Pátio Mix de Teixeira de Freitas, com o apoio do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação/Governo Municipal.

As telas da série Natureza estarão expostas de 05 a 08 de novembro de 10h as 22h. A data de abertura da exposição marca a celebração do Dia Nacional da Cultura e contará com a apresentação da Orquestra 09 de Maio com apresentação às 17 horas.

Irley selecionou seis telas que apresenta em primeira mão para o público teixeirense, já que a exposição completa será exibida somente em 2016 na “Exposição Fragmentos da Natureza” que será exposta em Abril de 2016 na galeria Luiz Fernando Landeiro em Salvador, além desses trabalhos, o artista mostrará telas abstratas de uma série limitada, “deixo meu convite a todos e já conto com as presenças”, convida o artista.

O artista: A história deste artista teixeirense, nascido em Caravelas-BA e radicado em Teixeira de Freitas, poderia ser somente mais um exemplo das dificuldades que se abatem sobre algumas vidas, mas ao contrário, é uma história de superação traduzida pelo próprio Irley em uma frase: “a arte é o meu divã”.

Até os 6 anos ele morou com os avós maternos em um sítio na zona rural de Teixeira de Freitas. Foi neste período da vida que contraiu a poliomielite. A Teixeira de Freitas da época da infância do então menino, praticamente não oferecia possibilidade para que ele desenvolvesse sua paixão pela arte, mas seu talento foi mais forte e sua força de vontade decisiva.

Com o apoio da família construía armações de madeira com telas feitas de madeira ou peças de algodão e assim, ainda aos doze anos, dava forma as suas primeiras obras. Depois passou a frequentar os cursos que eram ofertados na cidade, como por exemplo, pintura de pano de prato e cerâmica.

Em meados da década de 80, chegou a fazer um curso de pintura em tela com Robertina Abade, artista argentina moradora de Teixeira de Freitas. Apesar das aulas de técnica em pintura Irley se considera um autodidata, afinal, as lapidações que fez em seu trabalho foram fruto de seu esforço e busca por conhecimento.

Passou a juventude garimpando informações que o pudessem ajudar na construção, principalmente, do seu estilo preferido, o hiper-realismo. Nesta época ele fez suas primeiras mostras de trabalho e passou a vender algumas de suas peças.

Cronologia

Na década de 80 o artista entra em contado com coordenadores do Movimento Sem Terra (MST). A capacidade de mobilização do movimento faz do artista um referencial e proporciona a ele a chance de viajar pelo país e conhecer personalidades que seriam definitivas no curso de sua carreira. No final da década de 90 Irley recebe o prêmio “Luta pela terra”, uma das principais congratulações do MST.

Em 2004 participa da exposição ‘Paijazes do Brazil II’, na Galeria La Gioconda, México. Em 2006 ele expõe na Espanha durante o Circuito Internacional de Artes, no mesmo ano, de volta ao Brasil, retoma a produção da série Mulheres Invisíveis que comporá a exposição “Através dos Outros”, concluída em 2009. No ano seguinte ele partiu para Hong Kong, China e Seul, Coreia do Sul, onde mostrou seu trabalho em uma galeria de artes e também na 2ª Conferência Mundial de Artes, promovida pela Unesco, respectivamente. Em 2015 o palco para a exposição de Irley foi em Manhattan, Estados Unidos, teatro Castillo, via Comitê Latino Americano da Unesco e também com a exposição “Através dos Outros”.

Essência: Cada uma das telas pintadas pelo artista plástico baiano carrega em si uma parte da trajetória de vida dele, que ainda sonha em pintar sua musa, que como ele mesmo diz: “deve morar em algum lugar do mundo em que eu ainda não cheguei”. Talvez seja o dom, talvez seja o resultado de tudo que ele já viveu e continua a viver. O fato é que sua obra tem uma verdade inquietante.

A perfeição de cada traço, a sensação incômoda de saber que seus olhos estão sendo enganados, de saber que é tinta e não fotografia. A redenção de deleitar-se diante da sublime capacidade humana. O trabalho de Irley é assim, nenhum adjetivo é capaz de descrevê-lo com exatidão. O jeito é se render, conhecer e apreciar.

 

 

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