Adeus, Grande July!
Era assim que eu chamava essa personalidade superlativa, absoluta e sintética de Julieta Isensée que, por quase 70 anos, registrou com muita seriedade e competência, a vida social da Bahia de Todos os Santos e do jet set ao longo de todo esse tempo denominado grand monde, alta-roda, colunáveis, emergentes, socialites… Saiu na Coluna de July é verdade! E eu que, na pequena Ubatã dos anos 70, cresci os dentes ouvindo falar da Dona July, imortalizada pela Ótica Ernesto, no jingle de Walter Queiroz, e no Jornal A Tarde?!
Não contenho as lágrimas enquanto escrevo essa pálida homenagem a July Isensée. Não faz muito tempo que, no whats, dizia a ela da minha grande e merecida admiração, da importância desse gesto que é rotular corretamente tudo — pessoas e coisas — para dar sentido ao que fazemos e ao que os outros fazem como ensina Jorge Larrosa Bondía. Estava conversando com um ídolo de todos nós!
Julieta Isensée produziu o melhor de um jornalismo sofisticado, ao reunir em seu colunismo único, uma elegante mescla de descrição e de narrativa; de história do presente e de reportagem, romance-reportagem, esses gêneros que têm maior identidade com a literatura e por fazerem maiores concessões poéticas aos registrar os fatos da vida e da morte, atribuindo-lhes sentidos humanitários e, por isso, relevantes. Soraya e eu desejamos que o Poderoso Deus esteja com você por todo o Sempre, querida July.
POR TAURINO ARAÚJO
ACADEMICO@TAURINOARAUJO.COM do Trissecular Instituto dos Advogados da Bahia IAB-BA, da Associação Bahiana de Imprensa- ABI.