Suzano e IFC firmam acordo para conectar 35 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado

Suzano e IFC firmam acordo para conectar 35 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado
Suzano e IFC firmam acordo para conectar 35 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado. Foto: Ascom

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir de eucalipto, formaliza a primeira parceria para a implementação de corredores ecológicos no Cerrado brasileiro. O acordo com a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, tem como objetivo implementar projetos-pilotos no Mato Grosso do Sul com o intuito de realizar ações de restauração e manejos produtivos sustentáveis em corredores para conectar 35 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa do Cerrado. Além disso, a parceria visa fomentar a cadeia da sociobiodiversidade no Cerrado, o engajamento de proprietários, a inscrição ou a retificação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), e a realização de treinamentos e delineamento de estratégias de estímulos técnicos e financeiros para parcerias de restauração em larga escala.

A iniciativa faz parte do compromisso assumido pela Suzano de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia até 2030. Serão três grandes corredores ecológicos planejados para unir os principais fragmentos de vegetação nativa da base florestal da Suzano com as demais áreas de conservação de propriedades particulares e Unidades de Conservação.

“Estamos animados para trabalhar com a Suzano e apoiar seus esforços para a preservação, restauração, e monitoramento da biodiversidade do Cerrado brasileiro. Essa parceria demonstra o grande potencial que há para se conciliar a conservação do meio ambiente com um desenvolvimento econômico sustentável. É por isso que um dos objetivos do projeto inclui trabalhar com comunidades locais e produtores rurais para introduzir a economia verde, impulsionar treinamentos e implementar sistemas de restauração da vegetação nativa”, afirma Manuel Reyes-Retana, Diretor Regional da IFC para América do Sul.

Uma das principais ameaças à biodiversidade no Brasil e no mundo é a fragmentação de habitats. Esse fenômeno ocorre quando uma área natural contínua e ambientalmente relevante é subdividida em áreas menores, sem conexão entre elas. Isso se deve principalmente às mudanças no uso e ocupação do solo causadas por atividades humanas. A fragmentação altera as interações ecológicas na paisagem e isola espécies, além de interferir na resiliência dos territórios às mudanças climáticas e na prestação de serviços ecossistêmicos, entre outros efeitos adversos.

O modelo de mosaicos florestais adotado pela Suzano, que intercala plantios de eucalipto de diferentes idades a áreas destinadas à preservação, contribui com a conservação da biodiversidade nos territórios onde a empresa opera. As áreas de preservação da empresa que não apresentam cobertura vegetal nativa são restauradas por intermédio de seu Programa de Restauração Ecológica, que prioriza as áreas conforme um cronograma que visa acelerar conexões ecológicas. Contudo, para a efetivação da conexão entre blocos de fragmentos florestais importantes nos territórios, é necessário que essa abordagem se estenda para além das fazendas da Suzano, com corredores ecológicos sendo implantados também nas propriedades de terceiros.

“As operações florestais da Suzano abrangem cerca de 2,7 milhões de hectares, dos quais mais de 1,1 milhão de hectares relativos a áreas em conservação. Entendemos que, além de preservar essas áreas, é nossa responsabilidade contribuir para a conexão de fragmentos existentes, visando reverter a perda da biodiversidade nos biomas em que estamos presentes e mitigando o risco de extinção de espécies. Os corredores ecológicos a serem implementados em parceria com a IFC passarão por terras de assentamento e produtores rurais, por isso precisamos trabalhar conjuntamente com a população local, tanto na conscientização sobre a importância dessa atividade quanto na promoção de negócios sustentáveis e valor compartilhado”, afirma o vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação da Suzano, Fernando Bertolucci.

Agora, para potencializar os resultados a serem alcançados, a Suzano trabalhará com a IFC, a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado de mercados emergentes, além de mobilizar o setor privado, expandindo o uso de soluções e atraindo mais capital para os investimentos.

Sobre a IFC

A IFC – membro do Grupo Banco Mundial – é a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado nos mercados emergentes. Trabalhamos em mais de 100 países, usando nosso capital, conhecimentos técnicos e influência para criar mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento. No exercício financeiro de 2023, a IFC alocou o valor recorde de US$43,7 bilhões para empresas privadas e instituições financeiras nesses países, alavancando assim o poder do setor privado para erradicar a pobreza extrema e aumentar a prosperidade compartilhada enquanto as economias enfrentam os impactos das crises globais. Para mais informações, visite www.ifc.org.

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