Mulher foi retirada do local pela Polícia Militar sob gritos de ‘racista’, na BA.
Ela está afastada da corporação por licença médica desde 2008, diz polícia.
A mulher que foi retirada pela polícia sob gritos de “racista” do Shopping Barra, na noite de terça (29), em Salvador, é investigadora da Polícia Civil e está afastada da corporação por licença médica desde 2008. Núzia Santos de Aquino, de 49 anos, é suspeita de ter cometido injúria racial contra um funcionário de um estabelecimento do centro comercial. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, a mulher está presa na Corregedoria da Polícia, na Avenida Juracy Magalhães, na capital baiana, nesta quarta-feira (30).
Ainda segundo a polícia, além de injúria racial, Núzia foi presa em flagrante por lesão leve. Ainda na terça-feira ela foi encaminhada para a corregedoria, que vai instaurar um procedimento administrativo disciplinar.
A polícia ainda informou que a suspeita está afastada dos serviços devido a problemas psicológicos. A licença médica é renovada desde 2008. Antes de ser afastada, ela atuava na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (DEATI).
Caso
Segundo informações de uma testemunha que não quis se identificar, a mulher teria se negado a ser atendida pelo rapaz, que é negro.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Shopping Barra, que informou que uma cliente se desentendeu com um funcionário, que chamou a polícia e acusou a mulher de racismo. Entretanto o shopping não tem conhecimento do que a mulher disse ao rapaz. A assessoria ainda informou que o Shopping Barra repudia qualquer manifestação racista.
A Polícia Militar, entretanto, informou que a mulher proferiu injúrias raciais contra um segurança do shopping. A PM ainda informou que os envolvidos foram encaminhados para a Central de Flagrantes, no Iguatemi. [No vídeo acima, veja o momento em que a mulher é retirada do shopping sob gritos de racista]
Durante o desentendimento, uma multidão se aglomerou no local e a mulher se escondeu no provador de uma outra loja, até ser retirada pela Polícia Militar (PM). Ao sair do estabelecimento, junto com a PM, a multidão entoou gritos de “racista” contra a mulher.
G1