Suplente de vereador preso em operação toma posse em Ilhéus

Suplente de vereador preso em operação toma posse em Ilhéus
Policial militar Luís Carlos dos Santos, suplente do vereador preso, tomou posse em Ilhéus (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Suplente de vereador preso em operação que apura desvio de R$ 20 milhões toma posse na BA

O suplente do vereador Jamil Ocké, preso há 15 dias durante uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) por suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento que desviou R$ 20 milhões da prefeitura da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, tomou posse na terça-feira (4).

O suplente, o policial militar Luís Carlos dos Santos, assumiu a cadeira após Ocké pedir licença do cargo por 60 dias. A Câmara informou que, durante o afastamento, o vereador, que está no Presidio Ariston Cardoso, em Ilhéus, não será remunerado, mas os assessores dele vão poder continuar na Câmara. Ocké foi o vereador mais votado na cidade nas eleições municipais de 2016.

De acordo com o regimento interno da Casa, os vereadores têm direito de ficar afastados por até 120 dias durante o ano. O legislativo disse, ainda, que vai aguardar posicionamento da Justiça para tomar qualquer decisão definitiva com relação ao mandato do vereador.

Segundo a TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia no sul do estado, a defesa do vereador Jamil Ocké informou que o político nega as acusações e que pediu a regovação da prisão preventiva do cliente, decretada pela Justiça no dia 30 de março. A defesa alega que o MP não deixa claro qual foi a responsabilidade do vereador no esquema investigado.

Vereador Jamil Ocké, de Ilhéus, é suspeito de envolvimento em fraude em licitações (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Operação

Suplente de vereador preso em operação toma posse em Ilhéus
Vereador Jamil Ocké, preso na operação Citrus (Foto: Reprodução)

Além de Ocké, outras duas das seis pessoas presas durante a operação do MP, batizada de Citrus, tiveram a prisão preventida decretada por suspeita de envolvimento no esquema. Todos são suspeitos de fraudes em licitações de compra de materiais de escritório e alimentos para a prefeitura de Ilhéus entre 2009 e 2016.

Segundo a investigação, Ocké participou do esquema quando era secretário de Assistência Social da prefeitura, de 2013 a 2015.

Outro ex-secretário da mesma pasta, Kácio Clay Silva Brandão, também teve prisão preventiva decretada, assim como o empresário, Enoch Andrade. Eles permanecem no Presídio Ariston Cardoso, no município.

Um homem que era considerado “laranja” das empresas foi liberado do presídio. Assim como ele, a mulher de Enoch Andrade, também foi solta.

O MP informou que não solicitou a prisão preventiva deles porque não foram encontradas provas contundentes para mantê-los presos, mas alertou que eles seguem como réus no processo.

Por meio de nota, a prefeitura de Ilhéus informou que a operação do MP não tem relação com a atual administração. De acordo com a gestão do município, os mandados de busca e apreensão são referentes ao período de gestões anteriores, entre 2009 e 2016.

A Câmara dos Vereadores também emitiu uma nota e informou que colobarou com a operação prestando todas as informações necessárias. De acordo com o MP-BA, a investigação começou em 2015, mas o grupo já atuava desde 2009. A suspeita é de que as empresas envolvidas tenham lucrado mais de R$ 20 milhões com as fraudes em licitações.

 

 

 

 

 

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