“Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.” (Tito 2.12-23)
A graça de Deus tem uma ação poderosa. Mas precisamos crer no que ela significa: que Deus se interessa por nós, nos ama e nos atribui beleza e valor. Não se trata de sermos amados e aceitos por Deus na medida em que melhorarmos, mas do fato de que somos já amados. Veja o exemplo do filho pródigo: ele foi amado como filho mesmo agindo como se não fosse, mesmo trocando a casa do pai por outros lugares. Mesmo após desperdiçar tanto tempo e recurso e a si mesmos, ao retornar, encontrou-se com o pai que o abraçou amorosamente e o recebeu, não como empregado, mas como filho. É assim que Deus age conosco!
A graça de Deus também é ofertada amorosamente aos que estão cheios de sua justiça própria. A exemplo do filho mais velho da mesma parábola! Ele não agiu como o seu irmão, e por isso sentia-se muito melhor e merecedor de recompensas. Manteve-se tão ocupado com a própria justiça que não chegou a desfrutar o que o pai tinha e nem aprendeu com o coração amoroso do pai. É mais difícil ver o mal no filho mais velho, mas ele estava lá! Mas faltava-lhe amor e no Reino de Deus não existe justiça ou retidão se não há amor! A graça não é necessária para alguns de nós. É indispensável para todos. Tanto para os que saem como o filho mais novo como para os que ficam, como filhos mais velhos!
Somente aceitando a terapia da graça é que, verdadeiramente, trilharemos o caminho que nos possibilitará a renúncia da impiedade e das paixões que nos mundanizam. Somente agraciados é que seremos portadores de verdadeira sensatez, justiça e piedade. Do contrário viveremos iludidos com superficialidades achando que somos o que, de fato, não somos. Ignoraremos a grandeza do amor de Deus e a profundidade com que o mal nos vitimou. Seremos ímpios iludidos, mantendo oculta sob uma capa de piedade, a impiedade que nos diferencia e distancia do coração do Pai das misericórdias e Deus de toda graça!
ucs