“Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.” (João 8.37)
A liberdade era um valor elevadíssimo para os judeus do primeiro século. Chegavam a orgulharem-se de serem filhos de Abraão e de serem livres, embora estivessem politicamente dominados por Roma (Jo 8.33). No tempo de Jesus a grande maioria das pessoas era escrava. Jesus nasceu como cidadão de uma nação escravizada, embora sob o direito romano, desfrutassem certa liberdade. Havia em meio à nação diversos movimentos políticos e alguns armados, cujo objetivo era conquistar novamente a liberdade. Após ressuscitar e antes de subir aos céus, na última conversa que teve com seus discípulos, Jesus falou sobre o cumprimento da promessa da descida do Espírito Santo e um deles perguntou: “É neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?” (At 1.6) Ele estava falando sobre voltar a ser uma nação livre e independente de Roma.
Mas Jesus não veio para resolver a questão politica de Israel. Jesus veio para trazer um outro tipo de liberdade, não somente aos judeus, mas a todos nós, porque estava falando sobre um outro tipo de escravidão. “Liberdade” era apenas um substantivo tomado como metáfora para falar de algo que só teremos por meio d’Ele. Jesus poderia dizer: “Portanto, se o Filho o enriquecer vocês de fato serão ricos”, para um mundo que pensa em riqueza como solução para a vida. Poderia dizer: “Portanto, se o Filho os ensinar vocês de fato terão conhecimento”, para um mundo que acredita no conhecimento como solução de tudo. O que Jesus está nos dizendo é que, somente por meio d’Ele e apenas se Ele agir em nossa vida, encontraremos o que tanto necessitamos, teremos o que tanto nos faz falta. Ele está se declarando indispensável à nossa vida!
Você crê que Ele seja indispensável à sua vida? Ele disse que é por meio de Sua morte que recebemos vida, porque recebemos perdão e somos reconciliados com Deus (Mt 26.28). Ele disse ser o único meio, o único caminho para nosso relacionamento com Deus (Jo 14.6). Ele disse que quem nele crê jamais morrerá eternamente, ou seja, jamais se perderá, mas receberá vida eterna (Jo 11.25). E se recebemos dele o perdão que nos livra da culpa, a reconciliação que nos dá comunhão com Deus e nele temos a certeza e segurança de que jamais estaremos separados de Deus e que a morte será o começo da vida, então, de fato, nele somos livres. Somos ricos e já descobrimos a mais sublime verdade da vida: Deus nos ama e nos deu Seu Filho para que, pela fé nele, recebamos vida verdadeira.