Hoje vivemos uma liberdade desagregadora; convivemos com o medo das ruas, das balas perdidas, em uma sociedade estereotipada.
Olho para a rua e sinto medo. As desigualdades não podem ser eliminadas. Vejo que a caridade precisa ser exercida pelos ricos e que os pobres precisam continuar a ter paciência. Já estamos na terceira década do século XXI. O espaço-tempo é mais denso, abarrotado, mal dá para se mexer, com o ar sobrecarregado disso e daquilo. Não dá para se livrar das pessoas: sempre em contato, por perto, a um toque de distância.
Queria compreender como nos tornamos um número nas estatísticas, uma vírgula no panorama geral, quando, no fim das contas, nos julgávamos únicos e imortais.