“Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos.” (João 2.23-24)
A graça de Deus oferecida a nós é uma porta por onde pode passar todo tipo de gente. E tem passado! Ladrões, adúlteros, mentirosos, gente marcada pela prostituição, pelo vício em pornografia e também as pessoas sem grandes problemas. Mas há dois tipos de pessoas que jamais passaram e jamais passarão por ela: os perfeitos e os que não desejam mudanças. Os primeiros porque simplesmente não existem. Não há um perfeito, nenhum sequer! Os segundos porque a porta da graça é também a porta de muitas mudanças. Passar por essa porta é um mistério. Só Cristo realmente sabe os que passam.
As maravilhas que Jesus realizou atraíram muitas pessoas. Muitas ficaram convencidas de que estavam diante de alguém que era mais que um grande profeta ou mestre judeu. Eles reconheceram em Jesus as evidências do Messias prometido, viram o poder do Filho de Deus. Mas o convite de Jesus aos que criam era para que o seguissem e se submetessem a ele. E a fé daquelas pessoas não era para tanto! Elas queriam continuar com suas vidas como sempre foram, apenas desejavam as bênçãos, os favores do Messias. Apenas gostavam dos sinais e milagres. Apesar de crerem, Jesus não se confiava a elas.
A porta de graça que Jesus nos abriu é algo com implicações muito maiores do que apenas fazer parte de uma igreja e entregar o dízimo. Ela nos pede uma entrega de nós mesmos e nos coloca diante de um conjunto de verdades e valores que exigirão mudanças. Por causa do amor que recebemos nos sentimos completamente aceitos e por causa das verdades que aprendemos nos sentimos completamente inadequados. Resultado: é preciso submissão e obediência. A mesma graça que nos acolhe e perdoa nos desafia a dizer “não” a nós mesmos. Quem passou pela porta da graça? Só Cristo sabe. Cada um de nós apenas pode responder por si mesmo.