Sete propósitos para o ano novo – Parte 4

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece, mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.” (1 Coríntios 13.4-8a) 

O quarto propósito que lhe convido a abraçar e lutar por ele durante o próximo ano diz respeito ao espaço mais desafiador e mais compensador da vida. Um lugar idealizado de várias formas e para o qual são criadas muitas expectativas irreais. Um lugar importantíssimo para a qualidade de nossa vida ao longo de nossa história. Onde não funcionam as máscaras que nos protegem quando estamos em outros lugares e também  onde não pesa tanto a importância dos papeis que desempenhamos publicamente. Papéis que, a seu modo, nos protegem e levam muitos a pensarem que somos melhores do que realmente somos. Um lugar para o qual muitos gostam de propor modelos e regras para consertá-lo, adequá-lo, colocando-o em perfeito funcionamento. Há quem se diga defensor deste lugar mas, ao mesmo tempo, revela um lamentável desconhecimento de sua natureza.

Em 2020, convido você a lutar por uma família saudável. Ser saudável é o máximo possível para qualquer família. Nenhuma jamais será perfeita. Todas carregam algum tipo de enfermidade e dor, desencontro e fracasso. Nela filhos, pais, cônjuges, irmãos, padrastos, madrastas, enteados, enteadas ou qualquer outro membro que nela esteja, são todos imperfeitos e nenhum sabe exatamente como agir. São todos aprendizes da vida em família. E bem-aventurados os aprendizes, pois há muitos que nada aprendem e perdem bênçãos preciosas. Uma espaço em permanente movimento, em que todos estão crescendo e envelhecendo. Manifestando suas limitações e potencialidades, incompetências e habilidades, sabedoria e falta dela. O tempo todo se descobrindo. E se revelando. Mas um lugar de que tanto precisamos, que nos é tão caro e definidor. E que tanto precisa de saúde.

Dizer que uma família precisa de Deus é o obvio e Deus não está se negando a família alguma. Ele nos ama. Por isso quero falar algo sobre o que precisamos fazer. Precisamos amar mais e melhor em nossas famílias. O amor é essa grandiosidade citada por Paulo. Uma família saudável é aquela em que seus membros sentem-se seguros de que são amados, sendo eles mesmo. Sem precisarem ser brilhantes, admiráveis ou exemplares.  A mais cruel enfermidade familiar é a rejeição. Não ser aceito na família é a pior rejeição que alguém pode sofrer e é o maior fracasso missional de uma família. Mas, ao contrário, ela deve ser o espaço onde imperfeições, limitações e as especificidades são respeitadas. Onde todos estão prontos a pedir perdão e admitir falhas. Onde não se praticam privilégios, mas todos são tratados com equidade, tendo suas diferenças consideradas e respeitadas. Onde disciplina não é punição e autoridade não é poder. Precisamos orar e lutar por mais saúde para nossas famílias e tenho certeza de que podemos contar com a benção de Deus. Leve isso a sério em 2020. Eu lhe garanto: você não se arrependerá.

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