“Eles também responderão: Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos? Ele responderá: Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo.” (Mateus 25.44-45)
Talvez uma das grandes confusões que fazemos em nossa jornada cristã é quanto ao que agrada e ao que desagrada a Deus. Os apóstolos cometeram este erro muitas vezes. Certa ocasião, Jesus estava indo para Jerusalém e os moradores de uma vila samaritana recusaram-lhe hospedagem. Tiago e João perguntaram a Jesus: “O Senhor quer que oremos para que caia fogo do céu e os mate?” Mas Jesus lhes disse: “De jeito nenhum! Eu vim salvar os homens, não aniquilá-los!” (Lc 9.52-56)
É por isso que Jesus está dizendo que, no fim dos tempos, muitos poderão ser pegos de surpresa. Especialmente nós, que nos denominamos cristãos, que acreditamos que sabemos o que devemos fazer e que acreditamos que estamos fazendo algo para Jesus, servindo-o. Ele fala de pessoas que não imaginavam que o estavam negligenciando! “Quando foi que não te servimos?” é o que perguntam! Talvez porque pensassem que, o que mais faziam, era servi-lo. E a resposta é: “não me serviram quando não serviram aos seus semelhantes!”.
Precisamos ter muito cuidado, pois corremos o risco de estar colocando nossa instituição religiosa no lugar das pessoas em nossa vida. Nossa igreja e nossa religião podem estar na praça central de nossa vida e as pessoa esquecidas. Nossa dedicação a coisas e a programas pode estar nos afastando das pessoas e nos levando a trata-las como recursos, como objetos! O que devemos fazer é amar e servir pessoas. E isso com o mesmo respeito e sensibilidade que Jesus demonstrou. Para os judeus o sábado era mais importante que as pessoas. Para Jesus não – “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). E para nós, o que é mais importante?