Servidores da Coelba paralisaram as atividades em todo o estado, nesta segunda-feira, 20, por tempo indeterminado. Em Salvador, cerca de 450 trabalhadores montaram piquete com faixas, em frente à sede da empresa, na Avenida Edgar Santos, no Cabula. A previsão é que os trabalhadores fiquem no local até as 16h, quando está prevista uma assembleia.
Segundo Jean Cláudio, assessor de imprensa do Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia), a paralisação afeta principalmente os serviços de manutenção e reparo da rede. “A distribuição de energia está sendo feita por 30% do efetivo que trabalha em regime de revezamento de turno conforme garante acordo operacional”, explica.
A greve foi deliberada durante assembleia realizada na última sexta-feira, 17, e tem adesão de quase 80% dos servidores, segundo o Sinergia. De acordo com Jean Cláudio, a adesão à greve é maior em Itabuna, Barreiras, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e Salvador, municípios que compõem os principais centros de distribuição de energia.
Sem previsão de acordo, os servidores pleiteiam a criação do plano de cargos e salários, manutenção e ampliação da participação da empresa no plano de saúde, ampliação da estabilidade pré-aposentadoria de 24 para 36 meses e o fortalecimento da Fundação Faelba.
Coelba – Em nota divulgada na sexta-feira, 17, a Coelba afirmou que a empresa irá tomar todas as providências para assegurar o acesso dos funcionários que pretendem trabalhar e garantir a normalidade do fornecimento de energia elétrica e demais serviços prestados pela concessionária, em cumprimento à legislação vigente.
Segundo o comunicado, a empresa teria iniciado as negociações com o Sinergia no dia 14 de outubro, tendo sido realizadas nove reuniões, com fechamento de 35 cláusulas. A empresa ressaltou ainda, que os serviços e o atendimento nas agências estarão funcionando.
A reportagem do A Tarde On Line entrou em contato com a assessoria de comunicação da Coelba e aguarda resposta sobre o posicionamento da empresa diante da deflagração da greve.
Fonte: Líliam Cunha / A Tarde