“Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: Vá e faça o mesmo.” (Lucas 10.36-37)
O grande mandamento que deve nos dirigir como cristãos nós sabemos bem qual é. Ele aparece em destaque repetidas vezes nos evangelhos e está nos ensinos dos apóstolos: ame a Deus sobre todas as coisas e ame ao próximo como a si mesmo. Jesus ensinou que deste mandamento dependem toda a lei e também os ensinamentos dos profetas. Enfim, todos os escritos sagrados, com suas orientações sobre retidão e pureza, dependem de vivemos esse grande mandamento (Mt 22.38-40). Paulo explica que todas as virtudes, conhecimento e a máxima dedicação, sem amor, nada valem (1Co 13).
O mandamento do amor, que são dois, é tratado como um apenas porque são inseparáveis. Amamos a Deus e ao próximo ou não amamos a Deus (1 Jo 4.20-21). E fracassaremos no amor o próximo se não estivermos supridos e inspirados pelo amor de Deus (Jo 15.12). O perito da lei com quem Jesus conversa em Lucas 10 tentou justificar-se por seu desequilíbrio espiritual: muito de Deus e pouco do próximo. Uma cabeça grande, mas um coração minúsculo. Para justificar-se perguntou a Jesus: “quem é o meu próximo?”. Depois de contar a parábola do bom samaritano Jesus pediu que ele mesmo respondesse à pergunta que fez. Mas corrigindo seu ponto de vista. A questão não é “quem é o meu próximo”, mas se tenho sido o próximo do meu próximo.
Temos o mandamento de amar, num mundo que cada vez mais entende menos de amor. Que usa a palavra para tantos significados, desde sexo (fazer amor) a preferencias culinárias (amo churrasco). E que resume amor a sentimentos que nos levam a diz “não amo mais você”. Amor numa perspectiva egoísta. Sem Deus não amaremos. Não seremos o próximo do nosso próximo e sempre buscaremos justificativas. Precisamos do Deus de Jesus, que ama e demonstra seu amor doando-se (Rm 5.8). O deus deste século está nos matando! Ser cristão é aceitar a vocação de amar. É ser o próximo do nosso próximo, seja ele quem for e para o bem dele. Sem amor não há verdadeiro cristianismo e nem verdadeiro cristão.