“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Romanos 8.28)
Quando criança viajava de férias para a praia com minha família. Algumas vezes o tempo não cooperava e chovia por dias seguidos. A cada noite eu orava e apresentava a Deus as razões que eu via para que na manhã seguinte tivéssemos um belo dia. Ao acordar abria a janela e muitas vezes me decepcionava. Por que Deus não mandou as nuvens embora? Afinal, eu cria nele, Ele tinha total controle sobre o tempo e eram minhas férias! Que falta de sensibilidade!
Hoje sei que há expectativas muito mais sérias entre pessoas e Deus. E há decepções muito mais profundas também. Eu lidava com as minhas com resignação. Afinal, havia aprendido que Deus sempre faria o melhor, ainda que eu não concordasse que tivesse sido o melhor. Nem todos conseguem ou querem resignar-se. Ainda tenho um pouco de resignação para lidar com Deus, mas o que realmente tem me sustentado é a certeza de que Ele me ama e de que jamais precisarei temer Suas decisões sobre mim.
Esse é um benefício para aqueles que amam a Deus. Amar a Deus é uma resposta ao amor divino. É consequência, e não causa. Os que amam a Deus amam porque foram amados, foram perdoados, foram aceitos. Em algum momento precisaremos nos resignar diante de Deus pois não conseguirmos de fato entender Suas razões. Mas a maturidade cristã está em concordar com Deus quando Ele nos decepcionar. Concordar devido à certeza de que, nos amando como nos ama, Deus sempre agirá por nós para o melhor.