Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e, vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo. Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deliciará na mais fina refeição. (Isaías 55.1-2)
Setecentos anos antes de Cristo o profeta Isaías anunciou o propósito de Deus nos possibilitar satisfação e significado sem nos cobrar pelo benefício. “Comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo”! Essa é uma mensagem libertadora num mundo tão dependente do dinheiro. Em que, aqueles que não podem pagar, também não podem usufruir. Deus nos dá a oportunidade de sermos ricos e plenas com Suas dádivas, fruto de Seu amor. Sem dinheiro e sem preço! E elas são fundamentais para que não nos tornemos vítimas do dinheiro, acreditando que ele é o centro da vida. Para que, ganhar e gastar dinheiro, não se torne o eixo central de nossa existência e valor. Por causa do amor e graça de Deus podemos viver de forma simples e aprende a usar o dinheiro para expressar nosso amor a Deus e às pessoas.
“Por que gastar o dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?” Nosso descontrole e insensatez no uso do dinheiro pode ser um reflexo de nossa fome e imaturidade espiritual. Desperdiçamos em lugar de maximizar o dinheiro que temos. Acreditamos que a coisa mais importante que fazemos é ganhar dinheiro. E nos desgastamos, perdemos amigos e algumas vezes a família, para cumprir nossa missão. Pensamos sempre em termos gananciosos: “o que eu ganho com isso?”, e perdemos a alegria de apenas servir, de imitar a Deus beneficiando “de graça”, como Ele faz conosco. Doar, contribuir e ser generoso é difícil demais quando vivemos assim. Nessas condições somos possuídos por aquilo que temos. O dinheiro não é nosso, nós é que somos dele. E jamais seremos felizes lidando assim com os bens materiais, pois seremos vítimas da mais triste forma de pobreza.
Quase tudo neste mundo constitui-se numa péssima influência quando o assunto é dinheiro. Tudo se faz com dinheiro ou envolve dinheiro. Como afirmam os norte americanos, “não há almoço de graça”. Mas isso aplica-se apenas ao reino dos homens e às religiões que se corrompem. No Reino de Deus o almoço é grátis, é uma dádiva. Somos convidados para o banquete do Rei sem merecimento, sem que possamos pagar. Nessa sociedade que usa tão mal o dinheiro e o possui de forma tão perversa, devemos ser bons exemplos de sabedoria financeira e generosidade. O sentido da vida e a felicidade não dependem do quanto temos para gastar, mas do quanto temos recebido de Deus e estamos dispostos a oferecer a Ele e ao nosso semelhante. Isso é ser verdadeiramente rico: ser participante de riquezas que a traça não consome e ladrão algum pode roubar. Essa é a boa comida, é vivendo na dinâmica do amor e da graça de Deus que saboreamos a mais fina refeição. Algo que dinheiro algum pode comprar!