Uma paixão da minha infância era minha coleção de selos, de várias cores e países. Olhando-os novamente, as memórias relacionadas a cada um deles vieram à tona num piscar de olhos. Eram recordações de meu pai.
Quando eu era pequeno, meu pai me deu de presente uma cartela de selos comemorativos das Olimpíadas. Eram pequenos e coloridos, e eu tinha muita pena de usá-los, pois eram lindos e especiais demais. Depois disso, ele passou a me dar selos com mais frequência — selos grandes e pequenos.
O tempo passa e nos devora lentamente, como uma jiboia.
Pouco a pouco, a coleção de selos foi migrando para um recanto furtivo da memória, e hoje já não existe mais.