Segundo turno deve ser decidido pelas mulheres e idosos, aponta pesquisa

As mulheres, que correspondem a 52,1% do eleitorado, ocupam também a maior parcela dos indecisos, com 67%

Pela primeira vez neste segundo turno, Dilma Rousseff (PT) aparece numericamente à frente de Aécio Neves (PSDB) em intenções de voto para a Presidência da República, mostra nova pesquisa Datafolha, divulgada ontem no Jornal Nacional.

O levantamento, realizado durante todo o dia de ontem, apresenta Dilma com 52% ante 48% de Aécio, na conta dos votos válidos (com o descarte de nulos, brancos e indecisos). A seis dias da eleição, é um empate técnico no limite máximo da margem de erro do levantamento, que é dois pontos para mais ou para menos.

Segundo turno deve ser decidido pelas mulheres e idosos, aponta pesquisa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nas duas rodadas anteriores do Datafolha neste segundo turno, o placar também era de empate técnico, mas sempre com o tucano numericamente à frente: 51% a 49% nas duas ocasiões.

Em votos totais, o resultado mostra o avanço da candidata do PT que saiu de Dilma 43% para 46%; o candidato do PSDB oscilou de 45% para 43%. Brancos e nulos somam 5% (ante 6% do levantamento anterior). Outros 6% dizem que não sabem em quem votar, mesmo patamar das pesquisas anteriores.

O Datafolha também perguntou, entre os dois candidatos, em quem os eleitores votariam com certeza, em quem talvez votassem e em qual não votariam de jeito nenhum. No caso de Dilma, 45% afirmaram que votariam com certeza; 15% talvez votassem; 39% que não votariam de jeito nenhum e 1% não soube responder. No caso de Aécio, 41% afirmaram que votariam com certeza; 18% talvez votassem; 40% disseram que não votariam de jeito nenhum; e 2% não souberam responder.

Governo

Um dos fatores que ajudam e explicar o desempenho de Dilma Rousseff é a melhoria da avaliação de seu governo. Segundo a pesquisa, 42% julgam a administração petista boa ou ótima, o melhor patamar desde junho de 2013. No mês das grandes manifestações de rua, a aprovação da presidente despencou de 57% para 30%.

A avaliação negativa – soma dos que classificam o governo como ruim ou péssimo – está agora em 20%, o menor patamar desde novembro de 2013, quando registrou 17%. Outros 37% entendem que a administração é regular.

O Datafolha ouviu 4.389 eleitores em 257 municípios. O nível de confiança do levantamento é 95% (em 100 pesquisas com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões). O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR 01140/2014.

Indecisão maior entre mulheres, mais velhos e menos instruídos

A questão é matemática. Em uma eleição disputada voto a voto, os indecisos ganham status de fiéis da balança na corrida presidencial deste ano. Bem diferente das quatro sucessões anteriores, quando havia folga maior do primeiro para o segundo colocado.

Segundo turno deve ser decidido pelas mulheres e idosos, aponta pesquisa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em números, esse universo representa 6% dos eleitores, de acordo com as três sondagens do Datafolha feitas no segundo turno. Ou seja, descontado o percentual de abstenção média (cerca de 20%), são aproximadamente 6,8 milhões de pessoas, de um total de 114 milhões que foram às urnas em 5 de outubro.

Mas qual é o perfil predominante do contingente que ainda não sabe em quem votar no próximo domingo? Em relação ao gênero, segundo a pesquisa Datafolha divulgada em 15 de outubro, as mulheres, que correspondem a 52,1% do eleitorado, ocupam também a maior parcela dos indecisos, com 67%. Na divisão por faixa etária, 47% têm 45 anos ou mais, contra 35% dos mais jovens, de 16 a 34. Outros 18% estão situados na faixa dos 35 aos 44.

Entre os mais velhos, Aécio e Dilma praticamente empatam, embora o tucano leve a melhor se forem analisados os eleitores com mais de 60. Aécio apresenta resultado melhor também no eleitorado dos 16 aos 24, com 55%, contra 45% da petista.

Dilma, por sua vez, tem projeção ligeiramente superior nas faixas intermediárias. Quando cruzados os dados de indecisos com escolaridade, 48% possuem apenas o ensino fundamental. O que pode ser bom para Dilma. Nas pesquisas do Datafolha, os eleitores com menor grau de instrução, que são mais da metade do eleitorado total do país, representam 60% dos que disseram votar na presidente.

Os indecisos com ensino médio e superior foram estimados em 38% e 12%, respectivamente. Nessas duas fatias, onde estão quase 45% dos eleitores brasileiros, o tucano vai melhor. Na primeira, Aécio apareceu com 54% da preferência dos que declararam voto.

Na segunda, alcançou 65%. O Datafolha também fez cruzamentos do percentual de indecisos com a renda. Grande parte dos que ainda não escolheram candidato – 47% – recebem até dois salários mínimos. Na sequência, 23% têm renda mensal entre R$ 1.448 e R$ 2.172, e outros 13% ganham até R$ 3.620. Acima desse valor, apenas 9% se declararam indecisos.

De acordo com o Datafolha de 15 de outubro, embora Dilma ainda lidere a preferência entre os eleitores com renda de até dois salários, com 60%, Aécio vem crescendo nessa faixa e tem oito pontos percentuais a mais na parcela que recebe de dois a cinco salários mínimos. Trata-se justamente da chamada classe C, que ascendeu durante os três governos petistas.

O Datafolha também mediu a distribuição geográfica dos indecisos. Mais populosa, a região Sudeste – onde Aécio tem maior força – concentra 45% desses eleitores, enquanto no Nordeste, reduto tradicional de Dilma, eles são 24%.

Na sequência vêm Sul (19%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%). Ao mesmo tempo, 61% desse contingente sem candidato preferencial está situado em municípios do interior. Outros 21% residem nas capitais, e 19%, nas regiões metropolitanas.

Os dados referentes à religião compilados pelo Datafolha apontam um maior índice de indecisos entre os católicos, com 54%, seguidos pelos evangélicos, com 37%.

TSE suspende propaganda e reduz as inserções de presidenciáveis

Com base na nova jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, que proíbe ataques no horário eleitoral do rádio e da TV, o ministro Admar Gonzaga suspendeu propagandas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Além de proibir a veiculação das peças, os candidatos perderão tempo nas inserções que têm direito ao longo da programação diária das emissoras.

Segundo turno deve ser decidido pelas mulheres e idosos, aponta pesquisa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No caso de Dilma, Gonzaga suspendeu inserções que diziam que Aécio tem “dificuldade em respeitar as mulheres” pois teria chamado de leviana tanto a candidata do PT quanto a ex-ministra Marina Silva (PSB) e a candidata do Psol, Luciana Genro.

O ministro Admar Gonzaga, relator do processo, afirmou que a propaganda tinha “claro propósito de enfuscar (manchar de preto) a imagem” da campanha de Aécio Neves. Devido a isso, suspendeu a propaganda e retirou 4 minutos das inserções na TV.

Em outra ação, Gonzaga retirou 36 segundos da candidata do PT no rádio e proibiu a veiculação da paródia musical “oh Minas Gerais”, dizendo que quem conhece Aécio não vota nele “jamais”. Em relação às propagandas de Aécio, Gonzaga proibiu a veiculação de inserções que sugerem que Dilma prevaricou com relação às investigações em curso para apurar desvios na Petrobras. Ele também retirou 2 minutos e 30 segundos das inserções da campanha do PSDB na TV.

Admar Gonzaga também proibiu a projeção de propaganda na fachada de prédios, como aconteceu no sábado (18) à noite no edifício do Conjunto Nacional, em São Paulo, na esquina da Avenida Paulista com a rua Augusta. Na ocasião, frases contra Aécio foram projetadas.

O ministro determinou que se averigue o local em busca de projetores e identifique os responsáveis pela propaganda.

 

 

 

Fonte: Agências

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui