Seguir a Cristo. De Perto!

“À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.” (1 Pedro 2.4-5)

Na medida em que nos aproximamos de Cristo… o que acontece? O modo como respondemos a esta pergunta revela muito de nossa teologia. A teologia cristã possibilita algumas respostas, mas também torna muitas outras impróprias. O apóstolo Pedro, desde o primeiro verso desta parte de sua carta, vem nos chamando à responsabilidade. Ele diz cabe a nós livrar-nos da maldade, engano, hipocrisia e de coisas semelhantes, pois somos servos de Cristo. Diz que devemos, como crianças recém-nascidas, desejar o leite espiritual puro que nos levará ao crescimento. Metaforicamente está nos dizendo que há buscas e crenças, perspectivas de fé, que não nos farão crescer como cristãos. E crescer como cristão é crescer como ser humano, como gente cuja vida é agradável a Deus e honrosa diante dos homens. Afinal, o fruto do Espírito é parte integrante do caráter daqueles que vivem em proximidade com Cristo.

Depois, mais uma vez, coloca sobre nós a responsabilidade ao dizer: à medida que aproximam-se de Cristo. Ou seja: à medida que tomamos a iniciativa para viver em comunhão com Ele. Pedro parece deixar claro que nossa relação com Cristo jamais será casual: ela exige protagonismo. Mas nem todos querem proximidade com Cristo. Os fariseus o rejeitaram e ainda há muitos que o fazem. Isso também não é casual, é uma escolha. Ou nos aproximamos ou rejeitamos. Se buscamos proximidade e, à medida que o fazemos, somos “utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual”. Tornamo-nos parte dos propósitos divinos. Somos agentes da presença e manifestação do Reino de Deus em meio ao reino dos homens. Essa aproximação de Cristo pode muito bem ser chamada de santificação. Alguns buscam santificação para beneficiarem-se, garantirem benção. Pedro diz que ela nos torna parte do que Deus deseja realizar por meio de nós. Não é para benefício próprio, mas para servir!

Não se trata também de vivermos mais isolados, mais estranhos à vida que acontece ao nosso redor. Se vamos nos envolver com os propósitos de Deus, saibamos que Ele é um Deus em Missão entre os homens. Ele está em Missão desde a queda e assim permanecerá até a volta de Cristo. Jesus encarnou-se e envolveu-se irrestritamente com os seres humanos. Ele foi às pessoas, comeu e bebeu com elas. Frequentou casas de ricos e andou com pobres. Ele conversou com a samaritana, acolheu a mulher adúltera e curou no sábado (para irritação dos judeus). E justificou tudo que fez declarando: estou fazendo a vontade do meu Pai. Precisamos nos aproximar de Cristo. E, ao fazê-lo, nos veremos na rota da vontade do Pai. Só conheceremos a vontade do Pai se seguirmos a Cristo de perto! Mas devemos ter o cuidado para discernir o Cristo que estamos seguindo. Se de fato é o Jesus de Nazaré, revelado nos Evangelhos, ou se é algum outro que forjamos com o martelo de nossas teologias e o formão de nossa religiosidade.

 

ucs

 

 

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