Século XXI

Século XXI

Hoje tenho a impressão que todo cidadão tem uma arma no bolso, como o exemplo do atentado na Argentina, ou a polícia atirando em bandido ou cidadão de bem, é uma circunstância obrigatoriamente política, polêmica, contundente. Mas, aquele mundo de que nos fala Herman Hess, que era um humanista: onde repousaremos, onde nos descontrairemos? A nossa geração não o verá.

Acho que a nossa geração falhou, pensava alucinadamente que nós desfaríamos o nó dos nossos pais, que viveram na escuridão da censura, como na Rússia hoje que o povo é iludido pela quimera que não existe guerra. O amor no século XXI deve ser a justiça social, mas estamos aprendendo a lição seguinte: amor é ter. Na miséria não está a salvação.
Junto a isso, a ideia de que nosso tempo é “gasto” no medo da violência, nos protegendo de tudo, e com isto forjando comportamentos e hábitos, longe da liberdade humana.

Tudo isto nos distancia da justiça social, não há propósito hoje para as necessidades do povo, vivemos costumes velhos, da violência e do arbítrio, assim a nossa geração perdeu o sonho da vida nova. Sentir-se cidadão, e compartilhar deste regime sagrado que se chama democracia.

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