Saúde

“Mas ele me disse: ‘Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” (2 Coríntios 12.9-10)

Por muito tempo, todas as vezes que ouvia sobre santidade, pensava em perfeição. De modo que, em minha mente, quanto mais santa uma pessoa, mais perfeita. E ser perfeito significava nem mesmo sentir as coisas que eu sentia, fosse raiva, desânimo e, o pior de todos, os desejos sexuais. Diante desses, eu me sentia completamente excluído da presença de Deus. Ele até podia ter criado o sexo, mas sabe-se lá a quanto tempo, havia afastando-se dele e, definitivamente, não era algo que lhe agradasse. Ser santo era ser perfeito e isso não combinava em nada com a minha humanidade. Então só havia um caminho: negar ao máximo a minha humanidade e desvalorizar completamente tudo que fosse desse mundo, desta vida. Um dia, na eternidade, as coisas seriam boas, haveria leveza e alegria. Aqui, não.

Mas com um tempo, aprendendo sobre a graça de que Paulo fala neste texto, compreendi que santidade não se explica com perfeição e que a melhor explicação tem muito mais a ver com saúde, integridade e integralidade. A graça de Deus se aperfeiçoa se torna bastante e apropriada, para a vida de pecadores como nós. Ela tanto nos leva a superar fraquezas quanto a aceita-las, reconhece-las. A mentalidade que me levava a pensar em perfeição levava-me também a entender que a vida cristã era um esforço para ser melhor e assim poder receber o amor e as bênçãos de Deus. E nessa estrada experimentei fracasso após fracasso. Via muito pouca mudança dentro de mim, muita imaturidade e sentia-me uma farsa. Mas quando passei à estrada da santidade-saúde, a graça tornou-se fonte de vida e paz.

Nesta nova estrada o ponto de partida deixou de meu esforço para ser bom e passou a ser o amor de Deus por mim. Crer que sou amado como sou tornou-se o primeiro passo. Essa mudança foi difícil em princípio. Parecia-me muito estranha! Estava muito treinado na outra estrada. Percebi-me fazendo vários testes com Deus: “Agora ele não vai me amar!”. Mas eis que Seu amor era exatamente o mesmo! Desde então a graça tem se tornado suficiente. É nesta estrada que agora estou. Vez por outra a antiga parece atravessar meu caminho. Mas já reconheço a diferença entre elas. Ser santo não nos torna anjos, mas verdadeiros seres humanos. A leveza e o amor combinam com santidade. Não a que fala de perfeição, mas a que nos conduz à saúde!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui