Houve troca de posto no papel de garota-propaganda da cerveja Devassa, marca do Grupo Schincariol.
Sai a irreverente socialite Paris Hilton e entra a doce cantora romântica Sandy. Sai a imagem da devassa e entra a da jovem casta.
Uma troca proposital, segundo o presidente da agência de propaganda Mood, responsável pela campanha, Augusto Cruz Neto.
“O novo mote da campanha, que foi inspirado em várias pesquisas que fizemos nos últimos meses com os consumidores, ressalta que ‘todo mundo tem um lado devassa’. A Paris cumpriu o seu papel. Não precisamos mais dela. Afinal, a ‘devassa’ está no nome da própria cerveja. A Sandy vem para ajudar a construir um outro caminho para a marca, já que todos também têm um lado licencioso”, explica Cruz Neto
Ou seja, o papel da cantora de voz suave é fazer os bebedores de Devassa soltarem a imaginação. E isso já está acontecendo nas redes sociais. O assunto Devassa liderava os tópicos mais comentados do Twitter no fim da tarde de ontem.
Marqueteiros consultados sobre a tática da empresa apostam que, na verdade, a proposta soa como provocação para gerar comentários pela escolha inusitada. Fato que a agência estreou com sucesso com a socialite Paris Hilton, e estaria repetindo com a escolha de Sandy. O anúncio, aliás, foi feito por Luciano Huck, via Twitter.
Cruz Neto nega que Huck tenha sido remunerado pela missão de comentar a novidade. Também não revela quanto Sandy ganhou pelo contrato de um ano, renovável por mais um. Diz apenas que ela ganhou bem mais do que cobrou Paris Hilton. Na época, o valor ganho pela americana foi estimado em US$ 700 mil.
O filme comercial que lança a campanha na televisão tem vida curta. Ficará no ar apenas 15 dias. Apesar do marketing, a cerveja conseguiu uma participação pequena no segmento – hoje, é inferior a 1% do mercado total.
A Devassa tem distribuição limitada e, por enquanto, atinge melhor São Paulo e Rio. A figura de Sandy chega no momento em que a Schincariol pretende estimular a comercialização no Nordeste e Sul, onde a marca chegou há pouco mais de dois meses. Suas vendas hoje estão concentradas nos supermercados.
Fonte: Estadão