Eu não era nascino na sua fundação em 29 de março de 1549, quando uma armada que partira de Lisboa, transportando mais de um milhar de colonos, soldados e missionários, sob o comando de Tomé de Sousa, iniciou esta cidade mágica, mas estou em algum DNA dos que aqui chegaram. Mas o embrião da cidade foi a finalidade de “dar favor e ajuda” aos donatários e centralizar administrativamente a organização da Colônia, o rei de Portugal resolveu criar, em 1548, o Governo Geral.
Foi no dia 07 de janeiro de 1549 quando Tomé de Sousa foi nomeado como primeiro governador geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador. Hoje a cidade está cheia de tudo que eu queria, deitar nas areias do Porto da Barra, vendo aquele mar tranquilo, ir a Colina Sagrada e vigiar minha fé, ouvir o som do Olodum no Pelourinho, passar uma tarde em Itapuã, ouvi o som do afoxe filhos de ghandi, ter as estrelas no céu do Abaete.
Salvador surgiu a 473 anos, quase cinco séculos, mas seu encantamento talvez esteja ligado a miscigenação das raças, os portugueses com seu olhar colonizador, o índio com o olhar da natureza selvagem e o negro com sua cultura tão rica, tudo isto fez o baiano ter está alegria pura da alma, e quando Caetano canta: “Alguma coisa acontece no meu coração, quando cruzo a Ipiranga com a avenida São João”, nós respondemos com o poeta Vinícius de Moraes “Um velho calção de banho,o dia pra vadiar, um mar que não tem tamanho, e um arco-íris no ar”.