SAL DA TERRA

“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.” (Mateus 5.13)

O Reino de Deus nos foi dado e se cremos e somos seguidores de Jesus de Nazaré, temos a missão de leva-lo adiante. Somos chamados a comunicar sua presença na história, seus valores e suas promessas. A história humana é responsabilidade dos seres humanos, mesmo no que diz respeito ao Reino de Deus. Embora o próprio Deus se faça presente na história humana e sem Ele não nos seria possível manifestar o Reino Celeste, a história humana e a manifestação do Reino Eterno dentro dela dependem também de nós, seres humanos.

Por isso Jesus afirmou que somos o sal da terra. Ser sal é marcar a história humana de forma abençoadora, agindo como cidadãos do Reino de Deus. O Reino de Deus não é um Reino em separado, mas o Reino que corrige os rumos da história humana. Sua manifestação traz amor, perdão, misericórdia, justiça e paz para a história humana.

A vida humana tem muitos afazeres. Precisamos nos manter, ganhar dinheiro, queremos desfrutar a criação, descansar, nos divertir, aprender, nos unir a alguém, viajar… há tantas coisas importantes e saudáveis com que podemos preencher nosso tempo e não é pecado tomar parte na vida aqui. Mas é pecado não amar, não lutar por justiça e paz. Não servir e não compadecer-se. É pecado desprezar o outro, é pecado esquecer-se de Deus. É pecado ser mesquinho, maldoso, mentiroso, caluniador, intolerante. É pecado não tornar esse mundo um lugar melhor e mais saudável.

Não somos perfeitos, mas podemos ser sal para o mundo, porque Deus nos ama e nos dá a sua maravilhosa graça. Deixamos de ser sal quando apenas servimos ao fluxo de vida que nos faz egoístas, voltados para nós mesmos, esquecidos e insensíveis ao próximo. Ir ao templo dominicalmente não nos faz sal da terra. Orgulhar-nos, achando-nos melhores diante de Deus do que os que fazem os pecados que não fazemos, não é ser sal para o mundo. Conhecer a Bíblia e estuda-la, mantendo hábitos devocionais e vivendo distantes dos que não são cristãos não é ser sal para o mundo. Somos sal quando nos relacionamos com as pessoas e transmitimos a elas o que recebemos de Deus. Somos são quando as coisas comuns da vida são vividas como filhos e filhas de Deus.

Se deixamos de ser sal, serviremos apenas para ser pisados, ser consumidos pelo tempo e gastaremos a vida apenas com o que não permanece. Por isso, revele-se um verdadeiro filho e filha de Deus. Ame, sirva, coopere, ande com Deus. Reflita, arrependa-se, ore, busque comunhão com as pessoas. Amadureça, faça escolhas melhores, peça perdão, volte atrás, recomece. Mantenha-se firme no caminho do bem, abrace valores eternos e honre a Deus. Tudo isso podemos pela graça que recebemos por meio de Cristo. Tudo isso podemos confiando nele e dependendo dele. E aí nossa presença dará sabor à vida. Embora breves, seremos dádivas. Embora pequenos, seremos marcantes. Seja sal. Tempere com amor e graça o mundo à sua volta!

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