O próximo sábado, 12 de junho, é o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Em todo o país, as crianças menores de cinco anos devem ser levadas a um posto de vacinação para a primeira etapa da campanha, que deverá imunizar mais de 14 milhões de crianças em todo o país. Na Bahia, a expectativa da Secretaria da Saúde do Estado é vacinar cerca de 1,2 milhão de crianças. A campanha tem como principal objetivo manter a erradicação da doença no Brasil. A enfermeira Fátima Guirra, coordenadora do Programa de Imunização da Sesab, adverte que ainda existe o risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, devido à importação de casos provenientes de países endêmicos, como Nigéria, Índia, Paquistão e Afeganistão.
“A vacina oral contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da doença. O Brasil vem mantendo as coberturas vacinais, mas existem fatores de risco que podem ocasionar a reintrodução do poliovírus, entre eles o intenso fluxo de viajantes internacionais”, alerta Fátima Guirra, acrescentando que a vacinação em massa é extremamente importante e que todas as crianças na faixa etária indicada devem ser vacinadas, independente de já terem recebido a vacina em campanhas anteriores.
A vacinação, no próximo sábado, envolverá mais de 27 mil trabalhadores e voluntários e terá 8.000 postos de vacinação em todo o estado, entre fixos e volantes. Em algumas diretorias regionais de Saúde (Dires), equipes já deram início à vacinação.
Doença erradicada
No Brasil, o último caso de poliomielite foi registrado em 1989, no município de Souza, na Paraíba. Em 1994, o país obteve o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. Para evitar a reintrodução do poliovírus, ainda presente em alguns países, é necessário manter as campanhas de vacinação anuais, impedindo o retorno da doença ao nosso país.
Em todo o mundo, dados da OMS demonstram que 26 países no ainda registram casos de poliomielite. Em 2009, foram registrados 1.606 casos, sendo 1.256 nos países endêmicos e os demais – 350 – em países não endêmicos, que restabeleceram a transmissão devido a importação de casos da doença.
Fonte: Ascom da Sesab