O Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina pela primeira vez em 1985. É reconhecido como um dos maiores festivais musicais do planeta. Tornou-se um evento de repercussão em nível mundial.
Tem uma frase do Paulo Coelho no “Alquimista” que diz que quando você persegue a sua lenda pessoal, o mundo conspira a seu favor. Ia desistir de tudo por falta de dinheiro. Mudou após uma conversa com três jovens que encontrou por acaso.
“O pequeno príncipe” começa com um menino que fazia desenhos simples. Quando os mostrava aos adultos, eles não entendiam. O Rock in Rio começou assim sem ninguém entender, como fazer uma cidade do rock para um milhão e meio de pessoas?
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve 21 edições, oito no Brasil, nove em Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. Para mim, o tempo, de repente, retrocedeu a grande velocidade, como se eu pudesse, indubitável e irrevogavelmente, trazer à tona todas aquelas sensações da juventude, todo aquele rubor nas bochechas e os batimentos cardíacos acelerados.
As sensações dos anos 80 são as mais inebriantes. Aquelas que têm o poder de me deixar impotente. Claro. Aquilo que chamamos de “memória” não é uma câmara de vídeo que “filma” a realidade ao nosso redor e a preserva de forma fiel, sem alterações. Ocorrem distorções durante o processo de gravação. E outras surgem com o passar do tempo, conforme nossa percepção muda.
Aquela passagem memorável de Freddie Mercury na primeira edição nunca mudou, foi impactante e memorável. O festival durou 10 dias, com Queen, Iron Malden, George Benson, James Taylor, Rod Stewart entre outros, o efêmero é a própria essência do Rock in Rio. É o que o torna belo.
João Misael Tavares Lantyer